Cinegrafias de professoras: formação, autonomia e imaginário social
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Data
2021-01-08Primeiro coorientador
Miorando, Tania Micheline
Primeiro membro da banca
Teixeira, Inês Assunção de Castro
Segundo membro da banca
Bolzan, Doris Pires Vargas
Metadata
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Esta dissertação de Mestrado em Educação foi desenvolvida na Linha de Pesquisa 1 –
Docência, Saberes e Desenvolvimento Profissional, do Programa de Pós-Graduação em
Educação (PPGE), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ela surgiu do interesse
por uma aproximação dos imaginários sobre os movimentos autônomos e heterônomos
permeados nas imagens que as professoras têm ou produzem em torno da docência. O
objetivo geral foi compreender a construção da autonomia e os trajetos formativos na
experiência de professoras com o cinema. A fundamentação teórica contou com os estudos do
campo teórico do Imaginário Social (CASTORIADIS, 1982, 2004, 2006, 2009; OLIVEIRA,
2005), da Formação de Professores (FERRY, 2004; GATTI et al, 2019; NÓVOA, 2009) e do
Cinema e Educação (BERGALA, 2008; FRESQUET, 2013; TEIXEIRA et al 2014). A
metodologia da pesquisa-formação (JOSSO, 2004) foi realizada em sete encontros coletivos
com o cinema, no formato virtual, entre junho e julho de 2020, com a coautoria de quatro
professoras da Educação Básica. As cinegrafias das coautoras, isto é, as narrativas a partir da
apreciação ou da criação de filmes, foram compreendidas pela análise hermenêutica
(GADAMER, 1997) e, assim, construíram os resultados da pesquisa. Em geral, as cinegrafias
mostraram que as professoras estão atentas aos movimentos heterônomos, porém, a docência
em grande parte é limitada à autonomia individual. As cinegrafias dos filmes-carta,
particularmente, ressaltaram desejos, estranhamentos, resistências e uma leitura criativa das
imagens da docência. A respeito do lugar simbólico das professoras, a sociedade atribui um
lugar “tarefeiro”, enquanto as professoras atribuem um lugar intelectual. Sendo assim, a
docência é feita de uma matéria viva que, nas microrrevoluções, tensiona movimentos de
concordância e subversão no contexto que a circunscreve, operando um viver entre o desejado
e o possível, no qual ver e fazer filmes constituem experiências propícias ao alargamento dos
movimentos subversivos. A pesquisa indicou que pensar sobre os trajetos formativos pela via
sensível das imagens é potente tanto ao exercício da autonomia quanto à autoformação.
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