“Nunca peguei um nenê no colo”: traços e pontos sobre gênero construídos por crianças nas suas interações e brincadeiras
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Data
2020-05-26Primeiro membro da banca
Finco, Daniela
Segundo membro da banca
Gallina , Simone Freitas da Silva
Terceiro membro da banca
Werle, Kelly
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação tem como temática de estudo as questões de gênero na Educação Infantil, um olhar através das brincadeiras e interações das crianças pequenas. Está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria, e à linha de pesquisa LP2 - Políticas Públicas Educacionais, Práticas Educativas e suas Interfaces. Esse estudo objetiva compreender como as crianças pequenas manifestam seu entendimento sobre as questões de gênero, através de suas brincadeiras e interações no contexto de Educação Infantil. A metodologia baseia-se em uma pesquisa qualitativa, que utiliza a abordagem interpretativa com princípios do estudo etnográfico e observações que são registradas no diário de campo. A pesquisa foi realizada em uma escola de Educação Infantil, em uma turma de pré-B, composta por dezessete crianças. Foi realizada em um período de três meses de observação participante, três vezes por semana, durante o turno da manhã. Para o embasamento teórico foram utilizadas autoras como Louro (1996; 2002; 2008), Finco (2003; 2004; 2010; 2013) e Scott (1995), que definem os estudos de gênero enquanto construção social, conceito este que auxilia na compreensão dos aspectos histórico e sociais da construção das diferenças entre mulheres e homens, levando em consideração a diferença biológica dos mesmos. Sobre a metodologia de pesquisa com crianças, destacam-se Corsaro (2009), Corsino (2009) e Graue e Walsh) (2003), os/as quais ressaltam a importância de ouvir o que as crianças tem a nos dizer. Para a análise dos dados utilizou-se uma gama de autores e autoras como Felipe (1999; 2000;2004), Brougére (2001), como também autoras estudiosas de gênero. Este estudo possibilitou pensar sobre as questões de gênero e os estereótipos presentes na sociedade e no contexto escolar, como também, refletir sobre as significações construídas pelas crianças sobre as concepções de gênero. Compreendeu-se que o entendimento das crianças sobre a temática está envolvida com a família, com a cultura, com a religião, com a escola e com a mídia, com a sociedade como um todo. Do mesmo modo, foi possível observar as estratégias criadas pelas crianças para romper as barreiras impostas pela sociedade, como o caso do menino Tailer que para usar maquiagem, disse ter se pintado de palhaço, afinal palhaços também usam maquiagens.
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