Cuidado centrado à pessoa idosa institucionalizada com demência: teoria de médio alcance de enfermagem
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Data
2021-10-27Primeiro membro da banca
Brandão, Marcos Antônio Gomes
Segundo membro da banca
Lima, Fabia Maria de
Terceiro membro da banca
Leite, Marinês Tambara
Quarto membro da banca
Girardon-Perlini, Nara Marilene Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O cuidado às pessoas idosas com demência que residem em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) mostra-se, de modo geral, como fragmentado e não considera aspectos subjetivos ou individuais. Compreende-se que para oferecer cuidado de qualidade e que tenha repercussão na vida das pessoas idosas residentes desses espaços é necessário repensar a relação entre as pessoas e os serviços que cuidam delas, incluindo as ações da enfermagem, profissão que executa práticas assistenciais nessas Instituições. Assim, reconheceu-se na perspectiva de Carl Rogers, por meio de sua teoria da Abordagem Centrada na Pessoa, fundamentos para possíveis (re)configurações do cuidado de enfermagem. Nesse ínterim, a questão de pesquisa que guiou o presente estudo foi: que relações teóricas podem ser estabelecidas entre a Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers e o cuidado de enfermagem a pessoas idosas institucionalizadas com demência para constituição de uma teoria de médio alcance? E como objetivo geral: elaborar uma teoria de médio alcance para o cuidado de enfermagem à pessoa idosa institucionalizada com demência, sustentada na Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers. A fim de responder o objetivo posto a esse estudo desenvolveu-se um estudo do tipo teórico, de natureza prescritiva, com foco à estratégia de derivação teórica para desenvolvimento de uma teoria de médio alcance de enfermagem. Assim sendo, neste estudo seguiram-se os pressupostos de Walker e Avant (2019) acerca de derivação teórica para geração de uma teoria de médio alcance. A fim de descrever o fenômeno do cuidado de enfermagem à pessoa idosa institucionalizada com demência, partiu-se de uma revisão integrativa da literatura, como um método de síntese. Para “desempacotar” o conhecimento posto na teoria de Carl Rogers desenvolveu-se a construção do V de Gowin. A derivação de conceitos foi desenvolvida para retraduzir para a enfermagem os conceitos da Abordagem Centrada na Pessoa, os quais foram derivados como: experiência individual da pessoa idosa; experiência para o desenvolvimento pessoal; experiência de conexões; experiência para congruência responsiva à realidade; experiência para escolhas; experiência empática e experiência positiva. A operacionalização da síntese de afirmações permitiu evidenciar as afirmações relacionais da teoria e compreender as sete experiências de enfermagem necessárias ao desempenho do cuidado centrado a pessoas idosas com demência em ILPIs como estruturas dependentes e contextualizadas. Assim, pode-se compreender que o cuidado de enfermagem a pessoas idosas institucionalizadas com demência, para que ele se desenvolva de forma centrada, torna-se necessário a incorporação das sete experiências. Compreende-se que as sete experiências exigem que o profissional de enfermagem reconheça o cuidado como dependente de uma perspectiva individual, interativa, contextual, engajada, compreensiva, qualificada e essas vinculadas às competências biopsicossociais e teórico-científicas dos profissionais de enfermagem. Infere-se que a partir dessas experiências as pessoas idosas com demência, tangenciadas pelas características e regulações das ILPIs, poderão se beneficiar de uma perspectiva de cuidado centrado. Para além, foi estabelecida a operacionalização do Processo de Enfermagem e o desenvolvimento de intervenções de enfermagem sustentadas na teoria de médio alcance desenvolvida. Acredita-se que o desenvolvimento dessa teoria gera ações centradas na pessoa, as quais podem permitir um redimensionamento das práticas desenvolvidas pela enfermagem às pessoas idosas com demência nas ILPIs.
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