Efeito anti-inflamatório de formulações para aplicação tópica de ácido oleico e acetato de dexametasona em modelos experimentais de inflamação de pele
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Data
2021-08-12Primeiro membro da banca
Adams, Andréa Inês Horn
Segundo membro da banca
Silva, Cássia Regina da
Terceiro membro da banca
Colomé, Letícia Marques
Quarto membro da banca
Brucker, Natália
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A pele, espaço de interface entre o ambiente e o corpo, está constantemente exposta a efeitos deletérios provenientes do meio externo, os quais são capazes de evocar uma resposta inflamatória. Uma vez que o tratamento para inflamação de pele apresenta limitações devido aos graves efeitos adversos causados, há uma necessidade constante no cenário mundial acerca do desenvolvimento de alternativas terapêuticas para tratar estes acometimentos. Neste trabalho foram desenvolvidas formulações para aplicação tópica do ácido oleico (AO), conhecido por modular mecanismos adjacentes à cicatrização de feridas. O primeiro capítulo desta tese aborda o desenvolvimento de formulações Lanette® e Pemulen® TR2 contendo AO e a avaliação do seu efeito anti-inflamatório em um modelo de queimadura de pele em camundongos Swiss. Ambas as formulações contendo 3% de AO inibiram o edema de orelha induzido pela radiação ultravioleta B (UVB) após tratamento único (Imáx = 79,36 ± 7,47% e 92,58 ± 2,58%, respectivamente). Pemulen® TR2 3% AO reduziu a infiltração de células inflamatórias (Imáx = 46,7 ± 4,0%) e o edema de orelha após tratamento repetido (Imáx = 69,88 ± 2,31%; 60,95 ± 5,70% e 29,89 ± 6,40% em 24 h, 48 h e 72 h após UVB). No segundo capítulo, verificamos que Pemulen® TR2 3% AO foi capaz de inibir o edema de orelha (Imáx = 76,41 ± 5,69%), a infiltração de células inflamatórias (avaliada pela atividade da enzima mieloperoxidase) (Imáx = 71,37 ± 10,97%) e o nível da citocina inflamatória interleucina (IL)-1β (Imáx = 94,18 ± 12,03%) induzidos por óleo de cróton em camundongos. Pemulen® TR2 3% AO inibiu o edema de orelha em um modelo de inflamação persistente causada por sucessivas administrações de óleo de cróton (Imáx = 85,75 ± 3,08%), assim como inibiu o edema de orelha induzido por IL-1β (Imáx = 80,58 ± 2,45%). Em ambos os modelos experimentais, observamos que o efeito antiedematogênico deve-se, pelo menos em parte, à ação do AO em receptores glicocorticoides, uma vez que este efeito foi prevenido pelo antagonista dos receptores glicocorticoides mifepristona. Este efeito anti-inflamatório do Pemulen® TR2 3% AO não esteve associado à ocorrência de efeitos adversos geralmente ocasionados pelo uso de glicocorticoides. Estes resultados sugerem que os semissólidos desenvolvidos poderiam constituir alternativas terapêuticas promissoras para tratar lesões inflamatórias de pele. Uma alternativa para melhorar a eficácia do tratamento e limitar a ocorrência de efeitos adversos é o emprego da Nanotecnologia. Por isso, temos como perspectiva para a conclusão deste trabalho, associar o AO à dexametasona em sistemas nanoestruturados, valendo-se das vantagens destes sistemas para a veiculação de ativos, a fim de propor uma terapia com potencial para tratar alterações cutâneas inflamatórias.
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