Aspectos ecossilviculturais em plantios de Monteverdia ilicifolia (Mart. ex. Reissek) Biral e Bauhinia forficata Link.
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Data
2021-10-27Primeiro membro da banca
Tabaldi, Luciane Almeri
Segundo membro da banca
Aimi, Suelen Carpenedo
Terceiro membro da banca
Steffen, Gerusa Pauli Kist
Quarto membro da banca
Saldanha, Cleber Witt
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O conhecimento sobre aspectos ecológicos e silviculturais de espécies arbóreas nativas são fundamentais para
compreender o seu comportamento no campo a fim de manejá-las adequadamente, principalmente, quando o
objetivo é inseri-las no contexto de produção agrícola. Desse modo, a presente pesquisa teve como objetivo
avaliar aspectos ecológicos e silviculturais em plantas de Monteverdia ilicifolia e Bauhinia forficata produzidas
com Trichoderma e vermicomposto e os possíveis efeitos residuais desses bioestimulantes no crescimento
vegetativo das plantas em condições de campo. A pesquisa foi conduzida no Centro de Pesquisas em Florestas,
Santa Maria, RS, e composta por quatro ensaios, arranjados de acordo com as espécies (M. ilicifolia e B.
forficata) e os bioestimulantes (vermicomposto e Trichoderma) utilizados na fase de produção das mudas. Os
tratamentos testados compreenderam mudas de ambas as espécies, produzidas em casa de vegetação, em
substrato composto por diferentes proporções de vermicomposto (T20: 20%; T40: 40%; T50: 50%; T60: 60% e T80:
80%) e solo, e em substrato comercial inoculado com cepas de Trichoderma (cepas T1 e T2: T. asperelloides;
cepas T13 e T33: T. harzianum e cepa T10: T. viride) e tratamentos controle (sem vermicomposto (T0) e sem
Trichoderma). Aos 330 dias após semeadura, as mudas foram transplantadas para o campo, em espaçamento 4,0
m x 3,5 m. Os ensaios foram instalados seguindo o delineamento blocos casualisados. As análises estatísticas
foram realizadas isoladamente para cada ensaio, em esquema fatorial (bioestimulante x tempo) com parcelas
subdivididas no tempo. Para ambas as espécies, foram avaliadas a sobrevivência inicial (um mês após o plantio)
e final (aos 43 meses após o plantio), a altura, o diâmetro do coleto e a relação altura/diâmetro do coleto no
momento do plantio, aos 330 dias após a semeadura (d.a.s) em tubetes (H330, DC330, H/DC330), um mês após o
plantio e semestralmente até 43 meses após o plantio (H, DC, H/DC), assim como os incrementos periódicos
anuais em altura e em diâmetro do coleto (IPAh e IPAdc) ao término das avaliações (43 m.a.p). Para M. ilicifolia
foram avaliados também o número de folhas (NF), semestralmente, até 25 m.a.p; o número de ramificações
desde a base (NR) aos 43 m.a.p e a fenologia reprodutiva através do método presença/ausência de floração e
frutificação, quantificados pelo índice de atividade (AI). As taxas de sobrevivência foram altas para ambas as
espécies. Para a M. ilicifolia, não há efeito residual da aplicação das cepas T1, T2 (T. asperelloides) e T10 (T.
virens) sobre o crescimento de plantas de M. ilicifolia em condições campo; O vermicomposto apresenta efeito
residual na variável altura até 43 meses após o plantio. Os substratos compostos pelas proporções T40, T50 e T60
são adequadas para estimular o crescimento inicial das mudas; A entrada em fenologia reprodutiva implica na
diminuição dos incrementos em altura e diâmetro do coleto; O índice de atividade da floração aumenta de
maneira mais expressiva que o índice de atividade de frutificação com o passar dos anos, mas ainda insuficientes
para inferir sobre a ação dos bioestimulantes. Estudos que avaliem a tipologia floral de cada indivíduo podem ser
úteis para melhor compreensão da dinâmica reprodutiva. Para a B. forficata, as cepas T1 e T2 (T. asperelloides),
T13 e T133 (T. harzianum) e o uso do vermicomposto na composição de substratos promovem o crescimento
inicial em altura e diâmetro do coleto das plantas; Efeitos residuais da aplicação de Trichoderma spp. e
vermicomposto na produção das mudas de B. forficata são efetivos em período correspondente à transposição
para o plantio a campo (330 dias após semeadura) e; as características ecológicas da espécie influenciam no
crescimento vegetativo.
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