Co-inoculação, osmoproteção e aplicação de cobalto e molibdênio na cultura da soja
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Data
2020-03-06Primeiro membro da banca
Lúcio , Alessandro Dal'Col
Segundo membro da banca
Tabaldi, Luciane Almeri
Terceiro membro da banca
Conceição, Gerusa Massuquini
Quarto membro da banca
Baena , Francisco Javier López
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A produtividade das culturas está fortemente relacionada à nutrição de plantas. Na soja, o nitrogênio (N) é o nutriente requerido em maior quantidade, estando envolvido em processos de crescimento e desenvolvimento da cultura. No Brasil, a disponibilidade de N para a soja ocorre pela fixação biológica de nitrogênio (FBN) que depende do processo de inoculação com bactérias. Contudo, a eficiência do processo está sujeita a diversos fatores como o tratamento de sementes (TS), que pode reduzir a sobrevivência de bactérias inoculadas, e disponibilidade de nutrientes. Neste contexto, objetivou-se avaliar a utilização de um osmoprotetor entre a co-inoculação e a aplicação de Cobalto (Co) e Molibdênio (Mo) via TS, e seus efeitos sobre a nodulação, componentes de produtividade, teor de proteínas nos grãos, alterações enzimáticas nas plantas e a qualidade de sementes de soja da próxima geração. Foram conduzidos experimentos com as cultivares NS 5959 IPRO e TMG 7062 INTACTA. O delineamento experimental envolveu um bifatorial (2 x 3) + 1, com quatro e três repetições, constituído por utilização ou não do osmoprotetor; aplicação de Co e Mo nas sementes, foliar ou sem aplicação; e testemunha adicional (sementes com fungicida e inseticida). No capitulo I, avaliou-se o desempenho das plantas no campo e o teor de proteína dos grãos. No capitulo II com as folhas provenientes das plantas do experimento de campo foram avaliadas as alterações enzimáticas e, das sementes, foi avaliada a sua qualidade. No capitulo III realizou-se a análise de correlações canônicas entre os caracteres da planta (massa e número de nódulos, massa seca de parte aérea, número de legumes, massa de mil grãos e produtividade de grãos) e da semente (comprimento de parte aérea e raiz, massa seca de plântula, envelhecimento acelerado, condutividade elétrica, vigor e germinação); variáveis fisiológicos (teor de proteína no grão e na folha, carotenóines e atividade da enzima guaiacol peroxidase) e o grupo de variáveis da planta; e fisiológicos e de semente; e dentro de cada grupo de caracteres a correlação linear de Pearson. Os principais resultados obtidos foram: o osmoprotetor juntamente ao tratamento químico de sementes reduz à massa seca de nódulos, massa de mil grãos, número de legumes e produtividade de grãos (PG); a co-inoculação anual das sementes promove acréscimos na PG e mantém a qualidade fisiológica das sementes colhidas; a co-inoculação aumenta o teor de proteína das folhas e dos grãos; a utilização da co-inoculação associado ao Co e Mo aumentam a PG; a análise de correlações canônicas mostra que os grupos de variáveis da planta, das sementes e fisiológicos não são independentes, definindo as características que devem ser priorizadas nas avaliações, sendo dependentes da cultivar avaliada. Assim, conclui-se que a co-inoculação associada a aplicação de Co e Mo é uma tecnologia que contribui para o aumento na produtividade de grãos, na qualidade de sementes da próxima geração e no teor de proteínas do grão da cultura da soja, sem ocasionar danos ambientais e com custo de produção relativamente baixo.
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