As fronteiras do corpo proferidas na arte: uma análise dos corpos pendurados em “O juízo final” de Giotto di Bondone (1306)
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Data
2021-11-25Primeiro membro da banca
Quírico, Tamara
Segundo membro da banca
Silva, Semíramis Corsi
Terceiro membro da banca
Remedi, José Martinho Rodrigues
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O corpo, território de passagem, é composto por um complexo conjunto de elementos
socioculturais que entremeiam-lhe as fibras, ditando e elaborando a experiência. Sua
materialidade é plural e mutável, conforme o tempo e espaço no qual está inserido. Sendo ele
nosso objeto de estudo e a imagem a lente pela qual observamos suas fronteiras simbólicas,
também consideramos seu aspecto político. Pois, o limiar deste lugar em que fazemos-nos
corpo, não é estanque e suas fontes são inesgotáveis. Partindo desta premissa e, do corpo
enquanto locus investigativo, almejamos compreender nesse trabalho suas interdições e
regimes. Mediante uma perspectiva foucaultiana, analisamos um dispositivo de controle e
poder, presente na tradição da Pittura Infamante, vigente do século XIV ao XVI no
centro-norte da Itália. O desempenho destes corpos, a partir da constituição do sujeito
considerado infame e desviante de uma moral, não só contribuiu para a formação de
significados, como também, condicionou-se pelos ritos, práticas e a linguagem que marca sua
existência. Podemos dizer que um sujeito faz-se corpo a partir do discurso. Tendo em vista
isto, observamos o que estava sendo dito e visto por estes sujeitos partindo de um fragmento
contido no afresco “O Juízo Final” de Giotto di Bondone (1306), que fez parte desta tradição.
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