O extrato hidroalcóolico das folhas de Arachis hypogaea L (Fabaceae) produz atividade antioxidante e anti-inflamatória in vitro sem a indução de toxicidade in vitro ou in vivo
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Data
2020-03-26Primeiro coorientador
Santos, Adair Roberto Soares dos
Primeiro membro da banca
Lopes, Gilbertti Helena Hubscher
Segundo membro da banca
Baldisserotto, Bernardo
Terceiro membro da banca
Silveira, Paulo Cesar Lock
Quarto membro da banca
Horn, Roberta Cattaneo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As folhas de Arachis hypogaea (amendoim) são tradicionalmente usadas para o tratamento de insônia e inflamação, porém até o momento nenhum estudo investigou a toxicidade desta planta. Este estudo teve como objetivo examinar a composição fitoquímica do extrato hidroalcoólico de folhas de amendoim (PLHE) e descrever seus potenciais efeitos tóxicos e propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A análise química qualitativa da PLHE por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massa de alta resolução (UHPLC-ESI-HRMS) permitiu a identificação de oito tipos de metabólitos (totalizando 29 compostos). O teste de 1,1-difenil-2-picril-hidrazil (DPPH) revelou que o PLHE apresentava efeitos antioxidantes significantes; e também exibia capacidade de captura de óxido nítrico (NO). As células mononucleares do sangue periférico humano (PBMCs) expostas ao PLHE por 24 h não mostraram redução na viabilidade celular (ensaio MTT), ou qualquer aumento significativo na desnaturação da cadeia de DNA livre de fita dupla (Teste Picogreen). O PLHE reverteu a citotoxicidade induzida pelo H2O2 e reduziu a produção de IL-1β em PBMC humanos. A toxicidade in vivo de dose única do PLHE (2000 mg/kg) foi avaliada em ratos Wistar fêmeas durante 14 dias, e a avaliação da toxicidade de doses repetidas (100, 300 ou 1000 mg/ kg) foi realizada em ratos Wistar fêmeas e machos por 28 dias, usando as diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 423 e 407). O tratamento com dose única e repetida de PLHE não causou mortalidade ou morbidade ou induziu alterações nos parâmetros de comportamento, locomoção, hematológicos ou bioquímicos. Na toxicidade de dose repetida de PLHE, avaliamos os pesos dos órgãos e apenas em machos observou-se a redução no peso relativo do fígado (100 mg/kg) e aumento no peso total do rim (1000 mg/kg). Além disso foram investigadas a atividade locomotora (teste de campo aberto), coordenação motora (teste de rotarod) e comportamento de ansiedade (labirinto em cruz elevado) e não foi encontrada alteração e danos em nenhum destes fatores. Também foram avaliados o estresse oxidativo e o danos ao DNA após o tratamento com dose repetida. Apenas as doses de 100 e 1000 mg/kg (fêmeas) ou 1000 mg/kg (machos) apresentaram redução dos níveis de dsDNA no fígado, ou a dose de 300 mg/kg (machos) causou diminuição os níveis de dsDNA no rim. O tratamento com PLHE (1000 mg/kg, fêmeas) aumentou significativamente os tióis totais do fígado. Assim, a PLHE pode ser uma fonte de compostos bioativos e possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias sem citotoxicidade ou genotoxicidade em PBMCs humanos ou toxicidade de dose única ou repetida em ratos.
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