Pré-condicionamento com oxigenoterapia hiperbárica em gatas submetidas a ovariohisterectomia eletiva videoassistida: temperatura corpórea, analgesia e biomarcadores oxidativos
Fecha
2022-02-24Primeiro membro da banca
Soares, André Vasconcelos
Segundo membro da banca
Müller, Daniel Curvello de Mendonça
Terceiro membro da banca
Feranti, João Pedro Scussel
Quarto membro da banca
Dalmolin, Fabíola
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esse estudo objetivou avaliar a influência do uso de oxigenoterapia hiperbárica (HBOT) em felinos submetidos à ovariohisterectomia (OVH) quanto ao estímulo álgico pós-operatório, a ação sobre temperatura central (TC), periférica (TP) e variação da temperatura central e periférica (ΔTc-p) além da influência da HBOT em biomarcadores de estresse oxidativo. Para tal, 45 gatas foram aleatoriamente alocadas em: Grupo Hiperbárica (GH): (n= 15), HBOT por 45 minutos na pressão de duas atmosferas absolutas (ATA) previamente à OVH videoassistida; Grupo Hiperbárica Controle (GHC): (n=15) mesmo regime de HBOT, sem procedimento cirúrgico; Grupo Sham (SHAM) (n=15) animais submetidos apenas à cirurgias, sem pré-tratamento. O primeiro artigo avaliou os efeitos do pré-tratamento com HBOT na temperatura e na dor pós-operatória. Para avaliação analgésica, foi utilizada a Feline Grimace Scale (FGS) e Escala Multidimensional da UNESP-Botucatu (EUNESP) em tempos determinados. Cinco animais receberam resgate analgésico, quatro do SHAM um do GH. As TC finais dos grupos GH e SHAM foram menores que as TC iniciais, porém sem diferença entre os grupos. O ΔTc-p mostrou efeito do tratamento (GH x SHAM) (p<0,038) e do tempo (inicial x final) (p<0,0001). GH e SHAM apresentaram diferença no ΔTc-p inicial e final (p< 0,001 para ambos). Concluímos que não houve influência positiva da HBOT na analgesia pós-operatória. Não houve diferença entre a TC, TP ou ΔTc-p em animais submetidos ou não a HBOT. A redução da temperatura em gatas hígidas após HBOT não teve significância clínica. O segundo artigo buscou determinar como a HBOT pré-cirúrgica altera biomarcadores de estresse oxidativo durante OVH videoassistida, para tanto se quantificou os valores séricos de Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), as Espécies Reativas ao Oxigênio (ROS), Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), Acetilcolinesterase (AChE) e Butirilcolinesterase (BChE) nas 45 gatas selecionadas. Amostras de sangue foram obtidas para os grupos GH e SHAM: T1 = Imediatamente antes da cirurgia, na estabilização anestésica; T2 = Na extubação; T3 = 24 horas após o término do procedimento cirúrgico. Para o GHC as coletas foram realizadas em T1 = após a sedação; T2 = Após a reversão (30 minutos depois) e T3 = 24 horas após a reversão. Não houve diferença quanto ao aumento sérico de ROS, AChE ou BChE. No T3 o grupo SHAM apresentou aumento das TBARS quando comparado ao grupo GH (p=0,043). Na CAT, houve redução da atividade em SHAM T2 e Sham T3, em relação ao Sham T1 (p=0,012 e p<0,001, respectivamente). Sham T2 apresentou menor atividade da CAT em relação ao GHC T2 (p=0,05). Também o Sham T3 foi menor que GH T3 (p=0,030) e GHC T3 (p=0,050). Houve redução da SOD em Sham T2 em relação ao GH T2 (p=0,033) e GHC T2 (p=0,027). Similarmente, no Sham T3 a SOD estava reduzida em relação ao GH T3 (p=0,039) e GHC T3 (0,019). Esse estudo demonstrou que a HBOT tem influência favorável no metabolismo oxidativo de pacientes felinos submetidos à OVH eletiva.
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