Fadiga por compaixão em médicos veterinários: uma ferida invisível
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Data
2022-04-11Primeiro membro da banca
Bertoletti, Bianca
Segundo membro da banca
Paim, Carlos Breno Viana
Terceiro membro da banca
Zanon, Regina Basso
Quarto membro da banca
Mendonça, César Augusto Curvello de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O atendimento a um ser em sofrimento mobiliza todo o organismo daquele que presta auxílio, exigindo tensão e alerta máximos. Médicos veterinários são profissionais da saúde, que atuam constantemente com eventos traumáticos, dor, sofrimento e morte, sendo submetidos a grande desgaste emocional. Esses acontecimentos fazem parte de sua rotina diária de atendimentos, sujeitando os trabalhadores ao estresse e ao esgotamento profissional. Nesse contexto, a exaustão física e emocional gerada pela empatia, que se origina ao tratar a dor alheia, podem levar ao desenvolvimento de fadiga por compaixão. Essa alteração tem sido considerada a principal ameaça à saúde mental dos profissionais da saúde. Diante disso, é indispensável preparar-se para prestar assistência, mesmo frente a grandes responsabilidades e tensão emocional constante. Portanto, faz-se necessário reconhecer os fatores de risco para o desenvolvimento desse transtorno. Sendo assim, esta tese gerou três artigos e foi elaborada com o objetivo de analisar o perfil, constatar o sentimento de valorização profissional e investigar a qualidade de vida laboral de médicos veterinários, identificando a prevalência de fadiga ou satisfação por compaixão nesses profissionais. Dessa forma, foi realizada pesquisa quali-quantitativa com médicos veterinários atuantes na assistência direta aos pacientes no município de Santa Maria/RS, Brasil. Para tanto, cada participante respondeu a um questionário online entre os meses de junho e julho de 2021, contendo duas partes. A primeira englobou questões sobre a caracterização profissional e sociodemográfica e a segunda, mensurou a satisfação ou fadiga por compaixão por meio do “Professional Quality of Life Scale” (ProQOL-BR). A contribuição desta tese consiste nos resultados que evidenciaram diversas situações laborais geradoras de estresse em médicos veterinários, trabalhadores com sinais de esgotamento laboral, sentimento de desvalorização, desequilíbrio na qualidade de vida profissional e prevalência de fadiga por compaixão. A identificação dessas situações é essencial para o desenvolvimento de estratégias em busca de melhores condições de trabalho e qualidade de vida profissional.
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