Mecanismos neurológicos e sistêmicos envolvidos na patogênese da listeriose e impactos do uso de curcumina livre e nanoencapsulada na infecção in vivo
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Fecha
2021-10-27Primeiro coorientador
Andrade, Cinthia Melazzo de
Primeiro membro da banca
Tonin, Alexandre Alberto
Segundo membro da banca
Araújo, Daniel Mendes Pereira Ardisson de
Terceiro membro da banca
Bagatini, Margarete Dulce
Quarto membro da banca
Spanevello, Roselia Maria
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Doença zoonótica de origem alimentar, a listeriose contém inúmeras lacunas no conhecimento referentes aos seus mecanismos patogênicos. Além disso, a problemática de resistência bacteriana exige alternativas potenciais ao tratamento. O objetivo deste estudo foi verificar alterações no sistema colinérgico, purinérgico, status redox e metabolismo energético na listeriose; bem como, verificar os efeitos da curcumina livre e nanoencapsulada em animais experimentalmente infectados. No experimento I foram utilizados 10 bovinos, sendo 5 infectados com L. monocytogenes. Amostras de sangue foram coletadas nos dias 7 e 14 pós-infecção (PI) para avaliar a atividade da acetilcolinesterase (AChE) e da atividade da butirilcolinesterase (BChE). A atividade da AChE foram medidos no sistema nervoso central (SNC) no dia 14 PI, momento da eutanásia. Córtex cerebral, tronco cerebral, cerebelo e medula espinhal foram usadas para mensurar a atividades enzimáticas de AChE; NTPDases, ADA, PK, AK, CK, Na+/K+ATPase e status redox. No experimento II foram utilizados gerbilosː com gerbilos adultos foi realizado um estudo experimental dos mecanismos de infecção, similar ao realizado com os bovinos, sendo um grupo infectado e outro controle, eutanasiados 6 e 12 dias PI. Após 12 dias PI foi avaliada a ação antibacteriana dos tratamentos por PCR no baço, os marcadores de estresse oxidativo, inflamatórios e metabolismo energético. Com gerbilos jovens, formou-se o grupo controle (grupo T0), infectados sem tratamento (grupo T1), infectados tratados com curcumina livre (grupo T2) e infectados tratados com nanocápsulas contendo curcumina (grupo T3). No experimento I, houve PCR positivo para a bactéria no fígado e SNC. Em nenhum dos experimentos os animais apresentaram sinais clínicos. A atividade da AChE no sangue, no baço, no córtex cerebral e cerebelo foi menor nos infectados, assim como BChE no soro 14 dias PI. Atividade NTPDase, 5′-nucleotidase e ADA tiveram atividade menor no mesmo dia na maioria das estruturas encefálicas, não alterando na medula espinhal. A atividade da CK mitocondrial foi maior e citossólica menor em todas as estruturas encefálicas; assim como a atividade PK e Na+/K+ATPase. No experimento II, com gerbilos adultos o fígado e coração apresentaram menor atividade de PK e Na+/K+ATPase, e no coração a CK mitocondrial e citossólica tiveram menor atividade nos infectados. A atividade de ADA foi menor no encéfalo dos infectados assim como a atividade da AChE, enquanto houve maiores níveis de ERO e menor de CAT e SOD nesse grupo. No experimento com gerbilos jovens, o PCR para Listeria no baço foi positivo em T1 (6 de 6), T2 (2 de 6) e T3 (5 de 6). No fígado, a atividade da PK foi menor em T1 e T2, assim como a atividade Na+/K+ATPase. O grupo tratado com curcumina nanoencapsulada apresentou menor lipoperoxidação que os demais grupos, enquanto todos os grupos infectados tiveram maior ACAP. Concluímos que a infecção subclínica por L. monocytogenes causa alterações nos sistemas colinérgico, purinérgico, estado redox e metabólico energético em órgão alvo (SNC) e não alvos, que contribuem para a patogênese da doença. Há uma resposta imunomodulatória protetora através da atividade enzimática desses sistemas, os quais buscam reestabelecer a homeostase na inflamação. A curcumina livre demonstrou efeito antibacteriano, mas a forma nanoencapsulada foi capaz de minimizar alterações do metabolismo energético e lipoperoxidação.
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