Fenomenologia da imparcialidade: redução do outro ao mesmo ou abertura à alteridade?
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Date
2022-04-04Primeiro membro da banca
Gallina, Albertinho Luiz
Segundo membro da banca
Cavalheiri, Alceu
Terceiro membro da banca
Korelc, Martina
Quarto membro da banca
Grzibowski, Silvestre
Metadata
Show full item recordAbstract
A tese parte de aportes conceituais fenomenológicos, e de seu modo de investigação, para pensar a imparcialidade. Defendemos que a imparcialidade é uma base legítima de abertura à alteridade. A sustentação de tal tese nos leva a perguntar sobre as condições e possibilidades de uma experiência imparcial. Num primeiro momento procuramos descrever a subjetividade e suas funcionalidades intencionais em orientação imparcial, tendo como objetivo, o ideal de vida ético. Num segundo momento, na intersubjetividade, vamos discernir a estranheza irredutível de outrem em elaboração responsiva. A relação eu-outrem surge como sustentação para pensarmos a experiência da imparcialidade e a vida comunitária, mas pode também ser a base de conflitos e duelos. Por isso, surge a necessidade de uma terceira figura, capaz de abrir a relação dual e servir como garantia da alteridade. A imparcialidade se fenomenaliza na figura do terceiro. É nela que se fundamenta a relação entre intencionalidade e responsividade. Como terceiro da justiça, comparação de unicidades (rostos) que implica responsabilidade. O terceiro imparcial aparece não para mostrar o eu a si mesmo, mas resguardar outrem de qualquer apropriação. Ele vem como um eco que ressoa a voz originária da relação ética. Como testemunho da verdade, o terceiro aparece como um ideal de vida ético que impulsiona a comunidade a realizar valores, tendo em vista uma humanidade justa e autêntica. A imparcialidade é uma função e um dever de um terceiro. Aquele que ocupa seu lugar tem como tarefa infinita ser um funcionário da humanidade.
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