Juventude camponesa e consumo de mídia na era digital
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Data
2020-02-19Primeiro membro da banca
Escosteguy, Ana Carolina Damboriarena
Segundo membro da banca
Felippi, Ângela Cristina Trevisan
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A pesquisa aborda o consumo de mídia na era digital e a centralidade da comunicação na estrutura social contemporânea, marcada pela produção capitalista de novas formas de exclusão social. O problema busca responder em que medida as estruturas de poder no contexto do capitalismo avançado estão implicadas nas práticas dos jovens camponeses associadas ao consumo de mídia na era digital. O objetivo da pesquisa é analisar a experiência vivida dos jovens camponeses na intersecção com o seu consumo de mídia. Para isso definimos, primeiramente, alguns pressupostos teóricos que contribuem para a aplicação da metodologia adotada. Os pressupostos teóricos são: a abordagem dos Usos Sociais da Mídia, através do modelo das mediações de Martín-Barbero (1997), especificamente o Mapa das Mediações Comunicativas da Cultura; o conceito de representação social (MOSCOVICI, 2003; HALL, 1997); a noção de rural como categoria social realizada (CARNEIRO, 2008); a definição conceitual de juventude como período de transição ou ciclo de vida (WEISHEIMER, 2005). Os métodos adotados são a Pesquisa bibliográfica e Documental (GIL, 2008; STUMPF, 2005); a Etnografia crítica da recepção, proposta de Ronsini (2003; 2011) para capturar as práticas dos receptores em fontes primárias, aliando os pressupostos da Etnografia antropológica com diretrizes da Sociologia. A realidade empírica dos jovens que participam desta pesquisa está situada no município de Pedreiras/MA. Como resultados, percebemos que a dicotomia rural-urbano realmente se faz presente nas representações dos informantes, mas, embora reconheçam a dominância do urbano sobre o rural, eles preferem viver no campo. Encontramos, também, fortes relações entre o que a mídia de massa representa sobre o urbano e as percepções deles sobre o urbano, cujas representações midiáticas, na visão deles, reforçam valores associados à modernidade, com os quais eles não se identificam. Constatamos, através das falas dos informantes, que há uma carência de representações do rural nas telenovelas brasileiras. As poucas telenovelas que representam o rural são, geralmente, de época, reforçando estigmas que caracterizam o rural como velho ou ultrapassado.
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