A imagem da mulher “gaúcha”: desconstruindo o silêncio no universo escolar
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Data
2021-02-04Primeiro membro da banca
Mourad, Leonice Aparecida de Fatima Alves Pereira
Segundo membro da banca
Barbosa, Carla Adriana
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Acreditamos na educação como ferramenta capaz de operar mudanças cognitivas e intelectuais, transformando a postura das pessoas e das relações sociais, produzindo um mundo mais justo e igualitário. Mas ao observar o dia a dia das escolas e suas práticas pedagógicas, percebemos que os desejos de transformação da realidade ainda são utopias. As ações docentes desenvolvidas no universo escolar, colaboram para a reprodução das desigualdades presentes na sociedade brasileira. De forma implícita, ou explicita, a escola reproduz, no seu interior, relações sectárias, reforçando o sexismo e o racismo, entre outros preconceitos. Portanto, movida pelo desejo de romper com práticas pedagógicas que reforçam o sexismo e silenciam as mulheres no meio escolar, inscrevemos este trabalho. Reiteremos que o mesmo se baseia em narrativas que buscam a desconstrução do estereótipo de identidade de gênero das mulheres sul-rio-grandenses, no universo escolar. Contudo, esta proposta de uma nova História, de valorização do feminino junto aos estudantes, foi colocada em prática na turma Y, do Ensino Médio, da escola Z, integrante da rede pública estadual, localizada no município de Pantano Grande, no estado do Rio Grande do Sul. Durante o período de março de 2019, a março de 2020. A partir da transposição de conhecimentos sobre o silenciamento das mulheres, estudos sobre a identidade de gênero, com o aporte teórico das autoras Jean Scott, Michele Perrot e Guacira Louro. Juntamente a estudos biográficos de cinco mulheres sul-rio-grandenses, dos mais diversos extratos sociais que viveram no estado no século XIX e na primeira metade do século XX. Buscou-se desacomodar conceitos sexistas e ressignificar a imagem do feminino, no universo escolar, baseando-se nas ideias pós-estruturalista foucaultianas de construção da verdade, a partir da desconstrução do discurso de dominação. Nesse caso, desconstruir o discurso machista gaúcho de silenciamento das mulheres. Portanto, foi proposta a ressignificação da identidade de gênero junto a turma envolvida no trabalho. Para alcançar tais objetivos organizou-se a intervenção em quatro etapas, descritas e analisadas nos quatro capítulos deste trabalho.
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