Estudo de bioensaios e métodos cromatográficos para avaliação de potência/teor de toxina botulínica tipo A
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Data
2022-07-19Primeiro membro da banca
Soares, Carlos Roberto Jorge
Segundo membro da banca
Maldaner, Fernanda Pavani Stamm
Terceiro membro da banca
Souto, Ricardo Bizogne
Quarto membro da banca
Macedo, Rui Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A neurotoxina botulínica tipo A (BoNTA) pertence a uma família de toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum. Seu uso clínico foi aprovado em 1989 e desde então, seus usos se expandiram para indicações terapêuticas e estéticas. No presente trabalho foi estudado e validado bioensaio por cultura de células in vitro para avaliação de potência de BoNTA em formulações biofarmacêuticas, utilizando a linhagem celular de adenocarcinoma T-47D. Os estudos de validação demonstraram que o bioensaio é específico, exato, robusto e reprodutível, e pode ser empregado para análise de teor/potência de BoNTA. Os resultados foram comparados aos fornecidos pelo método farmacopeico, o bioensaio da dose letal 50 in vivo, observando-se médias de potência 1,08% superiores. A análise de variância ANOVA demonstrou não haver diferenças estatisticamente significativas entre os dados fornecidos pelos métodos, ao nível de significância de 5% (p = 0,05). Realizou-se também, análise de BoNTA em produtos de diferentes empresas farmacêuticas por cromatografia líquida por exclusão molecular (CL–EM) e em fase reversa (CL–FR), obtendo-se diferença das médias dos valores de teor/potência 1,15% superior, e 0,85% inferior, respectivamente, em relação ao bioensaio por cultura de células T47D. Além disso, foram executados estudos de estabilidade para avaliar a integridade da molécula ao longo do período de armazenamento de 36 meses. Demonstrou-se a diminuição do teor de BoNTA e foram quantificadas as proteínas de alta massa molecular e proteínas relacionadas formadas, que foram inferiores a 3,63 e 1,10%, respectivamente. Neste contexto, os estudos realizados pelos métodos físico-químicos e biológicos constituem-se em avanços para a caracterização e avaliação de identidade, pureza, potência e estabilidade desses produtos biotecnológicos. As metodologias podem ser adotadas nas etapas de produção, purificação e controle de qualidade, garantindo a consistência lote-a-lote de BoNTA. Além disso, representam contribuição importante no contexto do desenvolvimento de métodos alternativos ao uso de animais para a avaliação de potência de BoNTA, aprimorando o controle da qualidade das formulações biofarmacêuticas.
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