Todo o leitor tem uma história a contar: usos e práticas de leitura entre alunos do Pré-Universitário Popular Alternativa
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Data
2020-04-22Primeiro membro da banca
Brignol, Liliane Dutra
Segundo membro da banca
Travancas, Isabel Siqueira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente pesquisa, realizada a partir de uma etnografia em um pré-universitário popular na cidade de Santa Maria – RS tem por objetivo compreender os usos e práticas de leitura entre alunos do cursinho Alternativa diante das culturas digitais. Nossos objetivos específicos centram-se em mapear os usos e práticas cotidianas de leitura dos educandos do cursinho Alternativa; identificar que sentidos os leitores de grupos populares atribuem à leitura; investigar as formas de ler diante das culturas digitais, bem como o impacto dos suportes digitais para a leitura e ainda comparar os diferentes tipos de leitores existentes entre os alunos do cursinho Alternativa. Nosso referencial teórico está situado a partir da perspectiva antropológica da leitura proposta por Petit (2008, 2010 e 2013). Também situamos nossa pesquisa diante da perspectiva histórica da leitura a partir de Chartier (1999), Fischer (2006) e Darnton (2010) e nos demais pesquisadores das práticas de leitura como Travancas (2012 e 2015) e Santaella (2004). Nesse sentido, entre os anos de 2017 a 2019 realizamos a aplicação de 271 questionários, quatro rodas de conversa e oito entrevistas em profundidade que partiram de um roteiro semiestruturado. A partir das observações em nosso campo de pesquisa, elaboramos nossa análise partindo de três categorias analíticas: leitura e sociabilidade, leitura e identidade; e leitura e alternativas. Como resultados identificamos a crescente associação da leitura aos smartphones e às mídias sociais. Além disso, observamos que dentre os alunos do cursinho existem cinco tipos de leitores: os leitores não frequentes, os leitores de fragmentos de textos, as leitoras tradicionais, o leitor de tela e a leitora-produtora. Dessa forma, entendemos que a leitura mais ampla (realizada no contexto da internet), aqui se mistura e complementa a leitura tradicional feita a partir dos livros impressos, gerando outras possibilidades de leitura a serem exploradas.
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