A intencionalidade na escrita argumentativa do ensino médio: do planejamento ao texto
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Data
2022-04-08Primeiro membro da banca
Feitosa, Alessandra Martins Gomes
Segundo membro da banca
Souza, Antonio Escandiel de
Terceiro membro da banca
Negreiros, Gil Roberto Costa
Quarto membro da banca
Santos, Patrícia dos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta pesquisa de Doutorado tem por objetivo investigar como o trabalho com o princípio textual de intencionalidade auxiliou na produção de textos argumentativos de alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Santa Maria. No intuito de dar corpo a esta pesquisa-ação, escolhemos o gênero Crônica Argumentativa. Os estudos do texto, a partir desse gênero, estão centrados nos preceitos da Linguística do Texto, sobretudo em Beaugrande e Dressler (1981), no que se refere à intencionalidade, e em Koch (2015; 2014; 2016) e Jubran (2015), quanto à progressão tópica e aos articuladores. Para a fundamentação sobre o Plano de Texto, recorremos a Adam (2011), Cabral (2013), Marquesi, Elias e Cabral (2017), e a metacognição tem por base os estudos de Flavell (1976; 1979) e Gerhardt (2017). Outros autores também fazem parte da sustentação desta pesquisa, como White e Arndt (1991), no que se refere à escrita-processo (Process Writing); Ruiz (2015), sobre a avaliação textual-interativa; Freire e Faundez (2017), para as perguntas problematizadoras. Já quanto à sequência didática, recorremos a Dolz e Schneuwly (2004). No que tange aos preceitos metodológicos, sobre a pesquisa-ação, buscamos apoio em Burns (1999), Carr e Kemmis (1988) e Thiollent (2011). A Sequência Didática foi dinamizada com os estudantes entre os meses de abril a novembro de 2019, de maneira que o projeto abarcou todos os alunos da turma. A análise foi realizada a partir das produções de uma sujeita. Os resultados revelam a contribuição do trabalho com a intencionalidade, pelo uso consciente dos articuladores textuais, a organização das ideias com a progressão tópica e a elaboração do plano de texto, permeados por atividades metacognitivas. A contribuição se deu não apenas quanto à qualificação do texto da aluna, mas, sobretudo, no que diz respeito à tomada de consciência de sua intencionalidade e dos processos metacognitivos da aprendizagem. Assim, percebemos que as atividades de produção de textos argumentativos, na escola, necessitam abarcar o trabalho com a intencionalidade de maneira que, desde o planejamento até a escrita da versão final, haja o desenvolvimento da consciência acerca dos recursos linguísticos, com o desenvolvimento da autonomia dos estudantes quanto ao seu processo de aprendizagem.
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