Crescimento de uma floresta estacional decidual, em três estágios sucessionais, no município de Santa Tereza, RS, Brasil
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Data
2002-08-30Primeiro membro da banca
Silva, José Alves da
Segundo membro da banca
Merck, Ana Maria Thilen
Terceiro membro da banca
Encinas, José Marcelo Imaña
Quarto membro da banca
Durlo, Miguel Antao
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As mudanças na composição florística, estrutura fitossociológica e os
processos dinâmicos do crescimento, como ingresso, incremento em área basal e
mortalidade, foram estudados em três fases sucessionais de uma Floresta Estacional
Decidual, as quais se denominou capoeirão, floresta secundária e floresta madura. A
área, localizada no município de Santa Tereza, RS, foi amostrada durante o período
de 1996 a 2000, considerando os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito
maior ou igual a 3,2 cm (10 cm de circunferência). A análise da composição
florística e estrutura fitossociológica mostraram não haver mudanças significativas
durante o período de estudo. Por outro lado, observou-se a existência de uma
hierarquia de substituição e importância de famílias botânicas e de grupos de
espécies de categorias sucessionais distintas no transcurso da sucessão florestal. As
espécies intolerantes à sombra são gradativamente substituídas por espécies
tolerantes, se as subseres analisadas forem consideradas como uma cronoseqüência.
As taxas anuais de mortalidade foram maiores que as do ingresso, de modo que, no
capoeirão, o número de árvores diminuiu, anualmente, em 1,25%; na floresta
secundária, 2,55% e na floresta madura, 0,84%. No entanto, o capoeirão cresceu
0,4727 m² ha-¹ ano-¹; a floresta secundária, 0,0326 m² ha-¹ ano-¹ e a floresta madura,
0,2860 m² ha-¹ ano-¹. As taxas médias de incremento em diâmetro e área basal
foram, respectivamente, de 0,14 cm ano-¹ e 0,226.10-³ m² ano-¹ no capoeirão; 0,10
cm ano-¹ e 0, 271.10-³ m² ano-¹ na floresta secundária; e de 0,17 cm ano-¹ e
0,609.10-³ m² ano-¹ na floresta madura. O crescimento diamétrico foi bastante
influenciado pela classe de vitalidade da árvore, quantidade de luz incidente sobre a
copa e dimensão do tronco. A categoria sucessional da espécie não se relacionou
com o crescimento. Para as árvores da Floresta Estacional Decidual da região do
estudo, o incremento periódico anual em área basal pode ser estimado por equações
próprias desenvolvidas para cada estágio sucessional, ou por meio de uma equação
geral, independente do estágio sucessional, sem perda de precisão das estimativas.
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