Psicanálise da religião: um ensaio sobre o legado cristão
Visualizar/ Abrir
Data
2022-11-16Primeiro membro da banca
Krassuski, Jair Antônio
Segundo membro da banca
Grzibowski, Silvestre
Terceiro membro da banca
Castro, Fabio Caprio Leite de
Quarto membro da banca
Costa, Vítor Hugo dos Reis
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente tese nasce do desejo de trazer à cena um estilo interpretativo que o filósofo
Paul Ricoeur (1913-2005) encontrou na psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939),
que possibilita a reflexão tanto sobre as origens psíquicas do fenômeno religioso
quanto sobre suas expressões na cultura. Ao mapear esse tema específico em Freud,
Ricoeur estabeleceu sua legitimidade, os grandes temas a que concerne, sua validade
e seus limites, mostrando, assim, a psicanálise da religião que existe na obra de
Freud. A psicanálise da religião, como hermenêutica da suspeita, se articula através
de uma crítica da cultura e compreende Deus e a religião como uma ilusão, fruto do
desejo. Tal ilusão, que ela busca desmascarar, é uma produção de sentido cuja chave
de compreensão escapa àquele que o promove e, por isso, necessita de uma técnica
de interpretação que se adapte às dissimulações de seu objeto. Quando se pensava
que a religião estava em sua rota final de declínio, tal qual a fênix, ela ressurgiu
novamente, com expressões que vão desde os fundamentalismos cristãos e islâmicos
até a diversidade de espiritualismos pós-seculares ou pertencentes a Nova Era. O
legado do cristianismo, porém, com seu núcleo subversivo, contrasta com todas essas
manifestações. Apoiado na psicanálise de Freud, Lacan e Žižek, busco evidenciar, no
ensaio de psicanálise da religião que apresento nesta tese, que o núcleo central do
querigma cristão é um paradoxo, pois o que ele nos apresenta é, justamente, uma
proposta ateia: a morte do Deus transcendente.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: