Viabilidade econômica do confinamento de bovinos e aceitação da carne
Fecha
2022-10-25Primeiro coorientador
Pascoal, Leonir Luiz
Primeiro membro da banca
Vaz, Fabiano Nunes
Segundo membro da banca
Maysonnave, Greicy Sofia
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A competitividade das cadeias produtivas passa por um contexto sustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico. Dessa forma, se torna importante a intensificação, a percepção e aceitação pelos consumidores dos produtos oriundos dos sistemas produtivos. O confinamento bovino constituiu-se como intensificador do sistema, porém com investimentos e riscos elevados, produzindo carne com características organolépticas específicas. Objetivou-se nesse estudo avaliar, através de métodos de simulação estocástica, a viabilidade econômica da atividade de confinamento de novilhos e a percepção, aceitação e conhecimento de consumidores de carne advinda de confinamento. Para a análise econômica foi formado um banco de cotações históricas de insumos e produtos (2003 a 2022), da atividade de confinamento. Os custos de produção foram rateados e construídos 30 fluxos de caixa avaliando cinco diferentes dietas, três épocas de aquisição e comercialização dos animais, com ou sem bonificação dos programas de qualidade de carcaça. Utilizou-se o método estocástico através de simulações de Monte Carlo tendo como output o Valor Presente Líquido (VPL) realizado no software Palisade @Risk® versão 7.5. O teste de significância e a dominância estocástica foram realizados a partir do teste Kolmogorov-Smirnov Assintótico (Ksa) acompanhado das correlações de Spearman no SAS® University Edition. O sistema de confinamento apresentou médias negativas de VPL e nenhuma probabilidade de VPL ≥0 para todas as dietas. No teste de significância 78,26% das 437 comparações aos pares foram significativas (P <0,0001) em que 71,39% do total de comparações se caracteriza como investidores de primeira ordem. Na análise de sensibilidade os custos que mais influenciaram na variação do VPL foram aquisição do boi magro, alimentação concentrada, comercialização do boi gordo e alimentação volumosa. Para a análise da percepção, conhecimento e aceitação da carne bovina oriunda de sistema de confinamento foi construído um questionário no Google Forms, disponibilizado pelos veículos online para consumidores residentes nas cinco regiões brasileiras, totalizando 496 respondentes. No questionário foi caracterizado o perfil sociodemográfico dos consumidores e após, a percepção e a aceitação do sistema produtivo em confinamento para bovinos, com os dados sistematizados em planilhas eletrônicas no Microsoft Office Excel® 2016. Foram realizadas análises descritivas, análise de componentes principais (ACP) e a análise fatorial exploratória com o método de Fator Principal Iterado utilizado para a decomposição da matriz de correlação. A maioria das associações realizadas ao sistema de confinamento pelos consumidores foram positivas. Na ACP os dois eixos principais, CP1 (eixo x) e CP2 (eixo y), explicaram 75,4% das variações, apresentando cinco grupos quanto a forma de entendimento dos consumidores. O bem-estar, a sustentabilidade e a gordura são critérios de compra da carne, não tendo esses fatores relação com o preço. Consumidores com maior grau de escolaridade e renda possuem maior conhecimento e aceitabilidade em relação a carne de bovinos confinados. O investimento em confinamento de bovinos no estado do Rio Grande do Sul não apresenta viabilidade econômica, não sendo atrativo para investimento, porém o produto mostra que a carne originada nesses sistemas de produção possuem aceitação, potencial de crescimento e valorização.
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