Avaliação da fração de plaquetas imaturas no diagnóstico da trombocitopenia imune e sua relação com a gravidade da Covid-19
Fecha
2022-11-25Primeiro coorientador
Carvalho, José Antonio Mainardi de
Primeiro membro da banca
Machado, Michel Mansur
Segundo membro da banca
Bochi, Guilherme Vargas
Terceiro membro da banca
Santos, Magnun Nueldo Nunes dos
Quarto membro da banca
Pilger, Diogo André
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos dos megacariócitos, células presentes
na medula óssea, as quais são peças-chave na hemostasia. A adequada cinética
plaquetária, com equilíbrio entre produção, ativação e apoptose é fundamental para
manutenção da estabilidade desse processo. O desequilíbrio da hemostasia por
diferentes causas, resulta em prejuízo na quantidade e/ou função das plaquetas. Na
trombocitopenia imune (PTI) esse desequilíbrio leva a uma redução no número de
plaquetas, enquanto na COVID-19 ocorre uma hiperativação plaquetária com
consequente desregulação imunotrombótica. Atualmente, em adição a avaliação do
número de plaquetas, os equipamentos automatizados permitem também realizar a
análise de outros parâmetros plaquetários, entre eles o volume plaquetário médio
(VPM), a fração de plaquetas imaturas (IPF), o número absoluto de plaquetas imaturas
(AIPC), o plaquetócrito (PCT), a razão de grandes plaquetas (P-LCR), e a amplitude
de distrubuição das plaquetas (PDW). O objetivo deste estudo foi avaliar IPF, AIPC e
o VPM no diagnóstico da PTI e nas alterações plaquetárias presentes na fisiopatologia
da COVID-19. Foram analisadas amostras de sangue total com EDTA proveniente de
pacientes diagnosticados com PTI (41 indivíduos) e de pacientes diagnosticados com
COVID-19 (152 indivíduos), para a determinação destes marcadores no equipamento
XE5000 da Sysmex. Como grupo controle saudável foram utilizadas amostras de
doadores de sangue. Nossos resultados mostraram que um ponto de corte de 6,4%
para o IPF pode ser utilizado como marcador laboratorial para diagnóstico de PTI. No
caso da COVID-19, nossos resultados mostraram que pacientes com COVID-19 que
necessitaram de tratamento intensivo apresentaram uma mediana de 6,20% (4,70-
8,53) e 14,98x109
/L (11,15-21,25) para IPF e AIPC, respectivamente. Para os
pacientes com COVID-19 sem necessidade de tratamento intensivo os valores obtidos
foram de 5,30 % (3,20–6,80) e 13,39 x109
/L (8,64-18,93). Já para o grupo controle,
sem COVID-19, os valores foram de 3,40% (2,55 – 4,85) e 7,78 x109
/L (5,58-9,97).
Os valores de VPM foram de 10,40 fL (9,90 – 11,10), 9,80 fL (9,30-10,40) e 10,10 fL
(9,65 – 11,00), para grupo controle, pacientes com COVID-19 sem e com necessidade
de tratamento intensivo, respectivamente. Esses resultados sugerem que esses
marcadores possam ser utilizados como auxiliares na avaliação da gravidade da
COVID-19. Nossos resultados mostram que esses parâmetros plaquetários, uma vez
padronizados e com valores de referência definidos, possam ser úteis na prática
clínica com finalidade diagnóstica confirmatória no caso da PTI ou para avaliação da
gravidade e acompanhamento da COVID-19.
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