O ensino/aprendizagem na extensão rural na concepção da teoria histórico cultural
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Data
2022-12-13Primeiro coorientador
Marino Filho, Armando
Primeiro membro da banca
Sant´Ana, Antonio Lázaro
Segundo membro da banca
Wizniewsky, Jose Geraldo
Terceiro membro da banca
Gutiérrez, Luis Alejandro Lasso
Quarto membro da banca
Gervazio, Wagner
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A extensão rural sempre foi uma importante atividade no processo de desenvolvimento do campo, levando os avanços da pesquisa a aprimorar as atividades da agropecuária. Desde seu início, se utilizou o mesmo projeto político-pedagógico das universidades para a realização do processo de transmissão desses conhecimentos, fato este que acompanha a extensão até os dias de hoje e é o ponto central da discussão do presente trabalho. Esses projetos político-pedagógicos não permitiram que a extensão empregasse processos de ensino-aprendizado com a finalidade de tornar os sujeitos do campo conscientes de sua realidade e capazes de a alterar de forma significativa em seu favor. Neste trabalho, buscou-se, por meio do materialismo histórico, em um trabalho de revisão bibliográfica, caracterizar a história da extensão rural no Brasil, com ênfase nesses processos, identificando e analisando criticamente, em fases já bem definidas, as inconsistências que não permitiram êxito no processo de ensino-aprendizagem, tendo como referencial teórico a teoria histórico-cultural. Essa caracterização é dividida em três fases: inicialmente, um período voltado à melhoria da qualidade de vida dos agricultores, mesclando aspectos do modo de vida e produção, denominado de “humanismo assistencialista”; um segundo momento histórico, denominado de “difusionismo produtivista”, com o objetivo de aumentar a produção e a produtividade por meio de uma extensão rural pautada na disseminação de pacotes tecnológicos, na capacidade de resposta dos agricultores e na garantia de crédito agrícola; a terceira fase é caracterizada por um “humanismo crítico”, focada na produção sustentável com base nos princípios da agroecologia e na teologia da libertação, com enfoque participativo. Procuramos demonstrar, nas três fases, inexistir uma teoria consistente que dê base didático-pedagógica e/ou metodológica para que se consigam efetivar processos de desenvolvimento das capacidades cognitivas superiores, uma vez que, em nenhum momento, o conhecimento científico é construído de forma conceitual, não conseguindo, portanto, levar os indivíduos à autonomia de pensamento, nem a uma compreensão da realidade em sua totalidade. Nesse trabalho, propomos a teoria histórico-cultural de ensino-aprendizagem como alternativa para amenizar esse problema. Nesta proposta, a formação do pensamento conceitual com base no conhecimento científico contribui para que o indivíduo seja capaz não só de superar os problemas existentes na forma “moderna” de se fazer agricultura, mas proporcionar uma “educação” que adapte ou amolde o homem à sua época e o prepare para os desafios do futuro.
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