Extrativos vegetais com propriedades sedativas utilizados no transporte de jundiá (Rhamdia quelen)
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Data
2014-06-27Primeiro coorientador
Loro, Vania Lucia
Primeiro membro da banca
Chippari-Gomes, Adriana Regina
Segundo membro da banca
Gutierres, Jessié Martins
Terceiro membro da banca
Radünz Neto, Joao
Quarto membro da banca
Fachinetto, Roselei
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As práticas de manejo utilizadas na aquicultura estão entre os principais fatores estressantes para peixes e podem causar reações fisiológicas adversas, afetando as suas funções essenciais. Em decorrência da crescente utilização de anestésicos e sedativos no transporte de peixes, é importante a análise do efeito destes agentes para peixes nativos, bem como a padronização de métodos alternativos, como a utilização de extratos de plantas. Com este propósito, o presente trabalho avaliou a eficácia da utilização do eugenol (EUG), do óleo essencial de Lippia alba (OEL) e do extrato metanólico de Condalia buxifolia (EMC) no transporte de jundiá (Rhamdia quelen). No experimento I, peixes (301,2 ± 21,4 g, 28,9 ± 1,30 cm, densidade de carga 169,2 g L-¹) foram transportados por 4 h, em sacos plásticos, divididos em cinco tratamentos: controle, EUG 1,5 ou 3,0 μL L-¹; OEL 10 ou 20 μL L-¹. Os parâmetros analisados foram a atividade da acetilcolinesterase (AChE) (encéfalo e músculo); marcadores oxidativos não enzimáticos tais como o conteúdo de proteína carbonil (PC) e formação de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e atividade dos antioxidantes glutationa reduzida (NPSH) e glutationa -S- transferase (GST), no fígado. Além disso, foram analisados parâmetros gerais relacionados ao metabolismo: glicogênio, lactato e proteína (fígado e músculo). No experimento II, os peixes (420,1 ± 8,8 g, 21,2 ± 2,3 cm, densidade de carga 275,1 g L-¹), foram transportados por 6 h em sacos plásticos, divididos em cinco tratamentos: controle, OEL 30 ou 40 μL L-¹ e EMC 5 ou 10 μL L-¹. Avaliou-se o balanço ionorregulatório, parâmetros da água e do sangue, atividade das enzimas AChE, NTPDase e 5'-nucleotidase (em encéfalo) e parâmetros bioquímicos tais como: níveis de NPSH, CAT, GST, GPx, SOD, ácido ascórbico, TBARS e PC em fígado, brânquias, músculo e rim. Nestes órgãos também foram avaliados parâmetros metabólicos. Os resultados obtidos mostraram que, independente do tempo de transporte (4 ou 6 h), as concentrações e os extrativos testados reduziram as atividades bioquímicas na maioria dos tecidos. Ocorreu estresse oxidativo em alguns órgãos avaliados, mas essas variações não indicam que esses extrativos sejam prejudiciais aos peixes durante o transporte. EMC foi eficaz na redução da perda de íons e excreção de amônia. Portanto, com base nestes dados recomenda-se o uso de OEL e EMC no transporte de jundiás.
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