A monitorização terapêutica e os aspectos gerais dos imunossupressores Tacrolimus e Ciclosporina : “uma revisão”
Resumo
Introdução: A monitorização terapêutica de imunossupressores, como a
Ciclosporina A e tacrolimus, é indispensável para manter níveis estáveis das drogas,
evitando para o transplantado a perda do enxerto, no caso de baixas doses, ou a
toxicidade, em altas doses. Permitindo, com isto, ajustes individuais.
Histórico: Na década de 1980, foi introduzida a utilização de potentes imunossupressores
como a CsA (1983) e tacrolimus (1987) como tratamento,
revolucionando o transplante de órgãos com a diminuição da rejeição.
Mecanismo de Ação: A CsA e tacrolimus são inibidores da transcrição do primeiro
sinal para ativação do linfócito T, apresentam estrutura química diferentes, mas
mecanismos semelhantes.
Toxicidade: Os principais efeitos relacionados à dose da CsA e tacrolimus são
nefro- e neurotoxicidade. Estudos apontam a conversão de CsA para tacrolimus
como uma alternativa para a diminuição da nefrotoxicidade e, os efeitos neurotóxicos
são reversíveis frente à redução da dose.
Metodologia Analítica: Na monitorização de rotina para a CsA, os imunoensaios
como radioimunoensaio (RIA) e imunoensaio monoclonal com fluorescência polarizada
(FPIAm) ocuparam o lugar da cromatografia líquida de alta performance
(CLAE), detecção ultra-violeta. O método de referência para o tacrolimus é a CLAE
com detecção por espectrometria de massa (LC/MS), porém imunoensaios como
micropartículas enzimáticas (MEIA) ou a adsorção enzimática (ELISA) têm sido
utilizados na rotina laboratorial.
Conclusão: Parece existir uma tendência no tratamento imunossupressor, a
conversão da CsA para tacrolimus, porém ainda não se estabeleceu consenso nesta
conduta. A metodologia analítica para análise de CsA encontra-se bem estabelecida,
para tacrolimus estudos ainda parecem ser necessários.
Coleções
- Laboratório Clínico [49]
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