Alternativas de mitigação da compactação do solo para implantação da soja em áreas de terras baixas no Rio Grande do Sul
Visualizar/ Abrir
Data
2022-12-19Primeiro coorientador
Lucio, Alessandro Dal’Col
Primeiro membro da banca
Carlos, Filipe Selau
Segundo membro da banca
Mazurana, Michael
Terceiro membro da banca
Silva, Paulo Regis Ferreira da
Quarto membro da banca
Boller, Walter
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz irrigado. Entretanto, problemas com resistência de plantas daninhas a herbicidas utilizados para essa cultura vêm inviabilizando o uso de algumas áreas. A rotação de cultivo com a soja tem sido uma alternativa em ascensão nas ultimas safras. Entretanto, em vista das características deste ambiente como drenagem deficiente, baixa condutividade hidráulica e presença de camada compactada próxima à superfície do solo têm proporcionado frequentes alternâncias entre períodos de déficit quanto excesso hídrico, comprometendo o estabelecimento, o crescimento radicular, a nodulação, o crescimento das plantas e a produtividade da soja. Nesse contexto, foi desenvolvido em áreas de terras baixas um estudo de dois anos, nas safras de 2019/20 e de 2020/21, com alternativas que propiciem um cultivo com menores riscos. Os resultados geraram três artigos. O primeiro artigo teve por objetivo avaliar os benefícios nos atributos físicos de solo, bem como, no crescimento e na produtividade de grãos da soja em função dos manejos do solo realizados na entressafra e da utilização de mecanismos associados à semeadora-adubadora para duas cultivares de soja, e em cinco locais do estado do RS, em uma ou duas safras. Para isso, o experimento foi conduzido em Santa Maria, Candelária e Dom Pedrito nas safras de 2019/20 e de 2020/21, e em Pelotas e Jaguarão na safra de 2019/20. Os níveis do fator A foram compostos por manejos de solo e mecanismo da semeadora: (A1) semeadura sem preparo do solo (SSPS)+disco duplo (DD) na semeadora; (A2) SSPS+haste sulcadora (HS) na semeadora; (A3) grade aradora+DD; (A4) escarificado+DD. Os níveis do fator D foram compostos por duas cultivares de soja: (D1) NS 6601 e (D2) BMX Valente. O segundo artigo teve por objetivo determinar os reflexos no estabelecimento, no desenvolvimento e na produtividade de grãos de soja, além de quantificar a demanda energética ao trator para as operações. O terceiro artigo teve por objetivo avaliar a redução dos impedimentos físicos, no desenvolvimento das plantas, nas alterações dos parâmetros fotossintéticos, e na produtividade de grãos de duas cultivares de soja em terras baixas. O segundo e terceiro artigo foram conduzidos apenas no município de Santa Maria nas safras 2019/20 e 2020/21. Os níveis do fator A foram: (A1) SSPS+DD; (A2) SSPS+disco turbo (DT); (A3) SSPS+HS; (A4) grade aradora+DD; (A5) escarificado+DD e (A6) subsolado+DD. Os níveis do fator D foram compostos por duas cultivares de soja: (D1) NS 6601 e (D2) BMX Valente. Com base nos principais resultados, a escarificação reduz a densidade do solo e aumenta a macroporosidade até 0,3 m de profundidade, permitindo melhor estabelecimento inicial de plantas, maior crescimento de raízes e maior produtividade de grãos. Dos mecanismos associados à semeadora, a HS promove o maior crescimento radicular e produtividade de grãos. As semeaduras com DD e DT apresentam maior capacidade operacional e menor consumo de combustível, entretanto, não atenuam os prejuízos de compactação do solo, repercutindo em menor produtividade da soja.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: