Masculinidade hegemônica e racismo: reflexões acerca da alta taxa de letalidade e violência ao homem negro
Resumo
Os níveis violência social e a desigualdade no Brasil são historicamente altos e os homens negros são vítimas da maior taxa de mortes fatais registradas por pesquisas atuais. Desta forma, buscou-se, através da pesquisa bibliográfica, entender as dinâmicas de opressão da masculinidade hegemônica e do racismo e como se cruzam. Para isso, buscou-se evidenciar o genocídio de homens negros a partir de dados estatísticos secundários, assim como fazer a análise documental do Relatório da ONU, “Promoção e proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das pessoas africanas e afrodescendentes contra o uso excessivo da força e outras violações dos direitos humanos por agentes policiais” compreendendo, a importância da análise das relações de raça e gênero como estruturantes sociais. Também, pretende-se contribuir para estudos, ações educativas e políticas públicas que visem o fim do genocídio da população negra no Brasil. Essa pesquisa é exploratória, apresentando dados qualitativos e quantitativos, trazendo dados secundários e a análise documental do relatório da ONU, de forma a embasar e compreender os quadros de violência e desigualdade sentidos pela população negra ainda nos dias atuais. Conclui-se que a masculinidade hegemônica, dentro das relações de gênero, e o racismo, são estruturas sociais e vias pelas quais se criam lógicas, relações de poder e, por consequência, desigualdades sociais e a violência. Tais lógicas se retroalimentam e potencializam as demais opressões. Esta pesquisa contribui, principalmente, para denunciar e pensar as vias em que se estabelece a violência e a desigualdade social, sendo um direcionamento para se pensar políticas públicas e repensar os objetivos nacionais sobre a condução da educação no Brasil, além de reforçar a análise, estudos e ações sobre os marcadores de raça e de gênero, salientando a importância e o cruzamento de ambos.
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