Estrutura de governança, conduta e desempenho das cooperativas agropecuárias
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Data
2023-03-10Primeiro coorientador
Breitenbach, Raquel
Primeiro membro da banca
Dorr, Andrea Cristina
Segundo membro da banca
Santini, Berenice
Terceiro membro da banca
Neves, Mateus de Carvalho Reis
Quarto membro da banca
Ruiz-Menjivar, Jorge
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo geral foi analisar a relação entre as estruturas de governança, a conduta e o
desempenho socioeconômico das cooperativas agropecuárias do estado do Rio Grande do
Sul e Paraná. Para isto, foram utilizadas as seguintes bases teóricas: Economia de Custos de
Transação (ECT); Organização Industrial (OI); R-A Theory e conceitos sobre conduta
cooperativa e corporativa. Trata-se de uma pesquisa quantitativa aplicada em 40 cooperativas
agropecuárias (20 do RS e 20 PR), concretizada por meio de aplicação de questionário.
Quanto a categorização metodológica foram analisadas as variáveis relativas aos incentivos,
controle administrativo e o tipo de contrato para identificar a forma de estrutura de
governança utilizada por cada cooperativa. Além disto, foi analisado o nível de presença de
oportunismo, racionalidade limitada e dos atributos da transação (frequência, incerteza e
especificidade dos ativos) nas transações com os cooperados. Nessa perspectiva, foi
identicada a predominância de estruturas de governança híbrida com traços de hierárquia e
híbridas com traços de mercado para as cooperativas do RS. Para as cooperativas do PR, a
predominância ficou por conta das estruturas de governança híbrida e híbridas com traços de
hierarquia. Em um segundo momento foi verificado a relação entre as estruturas de
governança (mercado, híbrida e hierárquica) e as formas de conduta (cooperativa e
corporativa). O tratamento dos dados se deu através da correlação bivariada (Spearman (ρ) e
Kendall (τ) e análise qualitativa. Quanto aos resultados, contatou-se uma correlação positiva
forte, para as cooperativas do RS, entre estrutura de governança híbrida e formas de conduta
cooperativa. Já para cooperativas do PR, todas as hipóteses foram refutadas. O próximo
momento foi identificar os fatores que influenciam no desempenho econômico das
cooperativas. Para o tratamento dos dados foi utilizada a correlação canônica, em que foi
constatada associação positiva do desempenho econômico das cooperativas do RS com as
seguintes variáveis: fatores internos (estrutura de governança adotada pelas cooperativas);
Fatores externos (fatores tecnológicos); forças competitivas (poder de negociação dos
fornecedores produtores rurais) e; desempenho social (geração de renda/ganhos). Para as
cooperativas do PR, a associação positiva com o desempenho econômico ocorreu com os
fatores externos (fatores tecnológicos; características dos clientes e características da região).
Por fim, foi proposto e executado um framework de estrutura de governança e conduta que
possa contribuir com o desempenho socioeconômico das cooperativas. O tratamento dos
dados consistiu-se através do método Qualitative Comparative (QCA). Os resultados
apontaram que as estruturas de governança que estão mais associadas com o desempenho
econômico superior, são as estruturas menos hierarquizadas, combinadas com uma conduta
mais cooperativa. Quanto ao desempenho social, não foi possível identificar quais estruturas
de governança e formas de conduta estão produzindo melhores desempenhos, em que foi
possível perceber um alinhamento da predominância da conduta mais cooperativa no
desempenho econômico superior e no desempenho social superior, no que tange a
participação das cooperativas em ações sociais, no que diz respeito às cooperativas do PR.
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