Uso de estatina pré-procedimento de angioplastia periférica dos membros inferiores e seus efeitos na patência primária e amputação
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Data
2023-06-27Primeiro membro da banca
Reis, Paulo Eduardo Ocke
Segundo membro da banca
Grivicich, Ivana
Terceiro membro da banca
Marques, Mateus Diniz
Quarto membro da banca
Schwarzbold, Alexandre Vargas
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) aterosclerótica pode evoluir para isquemia
crítica do membro inferior, com risco de perda da extremidade e necessidade de
revascularização. Para a revascularização dos membros inferiores, podemos optar pela cirurgia
aberta ou pelo tratamento endovascular, mas um dos problemas relacionados a este é a menor
perviedade a longo prazo, principalmente devido à reestenose. Esta é causada principalmente
por hiperplasia intimal às custas de uma intensa resposta inflamatória e estresse oxidativo
induzidos pela injúria endotelial associada à realização da angioplastia. As estatinas, que são
medicações hipolipemiantes, apresentam efeitos pleiotrópicos, possuindo ação antiinflamatória,
antiproliferativa, antioxidante, de proteção endotelial, antitrombótica, inibindo a
hiperplasia intimal e consequentemente a reestenose, sendo potencialmente benéficas para
emprego antes, durante e após as intervenções percutâneas. Até o momento, há poucos dados
na literatura referentes aos desfechos associados ao uso de estatinas no tratamento endovascular
de pacientes com isquemia crítica do membro inferior causada por DAOP. Foi realizado estudo
de revisão sistemática e metanálise com inclusão de 10 estudos, que evidenciou que a terapia
com estatina pré-procedimento foi associada a melhora significativa na patência primária e
sobrevida e a diminuição na taxa de amputação em pacientes submetidos a angioplastia
periférica. Além disso, foi realizado um estudo de coorte retrospectiva nos pacientes da cirurgia
vascular do Hospital Universitário de Santa Maria que foram internados por isquemia crítica
dos membros inferiores causadas por DAOP e que foram submetidos à angioplastia
transluminal percutânea, no qual o uso de estatina pré-procedimento não esteve relacionado
com melhora da patência primaria e da taxa de amputação em pacientes submetidos a
angioplastia periférica. Assim sendo, os resultados dos estudos sobre os efeitos do uso da
estatina pré-procedimento na melhora da patência primaria e na diminuição da amputação em
pacientes submetidos a angioplastia periférica são conflitantes, sendo necessários mais estudos
a esse respeito.
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