Modelagem e controle de processos erosivos em margens de reservatórios de usinas hidrelétricas
Visualizar/ Abrir
Data
2023-07-28Primeiro coorientador
Fleig, Frederico Dimas
Primeiro membro da banca
Sperandelli, Daniel Iozzi
Segundo membro da banca
Hörbinger, Stephan
Terceiro membro da banca
Pinheiro, Rinaldo José Barbosa
Quarto membro da banca
Endres, Luiz Augusto Magalhães
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os objetivos desta pesquisa foram investigar a relação entre as perdas de solo
observadas nas margens do reservatório da UHE Itá e as características dos pontos
monitorados, e investigar a capacidade de algumas técnicas de Engenharia Natural
em mitigar os processos erosivos existentes. O objeto de estudo é o reservatório da
UHE Itá localizado no rio Uruguai entre os estados de Santa Catarina (SC) e Rio
Grande do Sul (RS). O levantamento quantitativo de erosões foi realizado por meio
de seções topográficas em 55 pontos de monitoramento distribuídos em todo o
reservatório e considerou duas campanhas de monitoramento (01.2018 e 08.2021).
Os quantitativos de erosões foram relacionados com variáveis fisionômicas e locais
como fetch, geometria dos taludes, propriedades inerentes ao solo, oscilação da
água, entre outros. As variáveis que se relacionaram direta ou indiretamente com o
quantitativo de erosões foram altura e inclinação dos taludes; altura das ondas;
inclinação do terreno natural; índices físicos dos solos; fetch, perímetro de margem e
área. Para o controle de processos erosivos foram implantadas diversas técnicas de
Engenharia Natural em diferentes arranjos construtivos em 4 trechos de intervenção
(ME 05, MD 01, ME 03 e ME 21) divididos em um total de 15 subtrechos. Algumas
técnicas não apresentaram desempenho satisfatório para intervenções em margens
de reservatório, especialmente as técnicas dependentes de propagação vegetativa
das espécies utilizadas em obra. Desta forma, a implantação da componente vegetal
em obra deve-se dar preferencialmente por meio de mudas produzidas em viveiro.
As soluções construtivas para controle de erosões devem combinar, quase sempre,
estruturas inertes com materiais construtivos vivos, de modo a resistir às solicitações
impostas pela dinâmica lacustre no longo prazo. As obras em margens de
reservatórios devem ser alvo de campanhas regulares de monitoramento e
manutenção, intervindo sempre que necessário para correção de falhas técnicas e
estruturais. Estas medidas devem priorizar especialmente o controle de formigas
cortadeiras, o controle de espécies invasoras, o replantio de mudas, a realização de
adubações de cobertura, o isolamento das áreas e ajustes executivos nas estruturas
inertes. Espera-se que os avanços obtidos em relação à compreensão e controle de
processos erosivos lacustres possam incentivar órgãos fiscalizadores e
empreendedores no planejamento e implantação de medidas mitigadoras dos
impactos ambientais inerentes à implantação e operação de grandes reservatórios
de água.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: