Extensão rural e convivência com o semiárido: as transformações de agroecossistemas geridos por mulheres de três territórios pernambucanos
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Data
2023-06-30Primeiro coorientador
Diesel , Vivien Diesel
Primeiro membro da banca
Ponte, Emílio Tarlis Mendes
Segundo membro da banca
Barrero, Flávio Marques Castanho
Terceiro membro da banca
Pontes, Nicole Louise Macedo Teles de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Essa tese analisa as transformações materiais e subjetivas em curso nos agroecossistemas de
mulheres assentadas de reforma agrária, indígenas e quilombolas que participaram do
Programa uma terra e duas águas (P1+2): Fomento Produtivo Rural nos Territórios Sertão do
Pajeú, Sertão do Moxotó e Agreste Central, semiárido de Pernambuco. Entre 2018 e 2020 a
Rede Asa Brasil, em parceria com o Governo Federal, mobilizou e capacitou as mulheres,
construiu e instalou cisternas calçadão e de enxurrada e fomentou projetos de produção
agroecológica de alimentos, com vistas na ampliação do consumo e da segurança alimentar e
nutricional. Nos distintos espaços de (re)produção) da agricultura familiar, essas intervenções
ampliaram a capacidade de coleta e armazenamento de água de chuva e os saberes acerca da
perspectiva agroecológica de convivência com o semiárido, a partir de um serviço de
Assessoria Técnica e Extensão Rural (ATER), nomeado Acompanhamento às Atividades
Socioprodutivas. Pelo método de estudo de casos múltiplos, foram analisados sete
agroecossistemas, a partir das percepções de extensionistas da Diaconia, do Serta e da Cáritas
Diocesana de Pesqueira, do gestor do P1+2 e de agricultoras de três categorias sociais. Além
de uma pesquisa documental nessas e em outras organizações, fez-se entrevistas com
extensionistas, o referido gestor e mulheres assentadas de reforma agrária, indígenas e
quilombolas e observações diretas nos agroecossistemas delas. A análise de conteúdo dos
achados empíricos, mesclados com os dados secundários e o arcabouço teórico sustentam a
tese de que, no semiárido brasileiro, um serviço público de extensão rural balizado pelo acesso
à água de chuva, a novos conhecimentos e o fomento a projetos produtivos é capaz de
provocar melhorias nos processos locais de produção, consumo e comercialização de
alimentos. O pressuposto considerado é de que tais mudanças, mediadas pelas ações
extensionistas, fortaleceram a perspectiva agroecológica de convivência com o semiárido, nos
referidos territórios.
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