Comportamento ecofisiológico de espécies nativas conduzidas sob diferentes níveis de sombreamento no sul do Brasil
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Data
2023-07-31Primeiro coorientador
Tabaldi, Luciane Almeri
Primeiro membro da banca
Saldanha, Cleber Witt
Segundo membro da banca
Kelling, Mônica Brucker
Terceiro membro da banca
Flores, Rejane
Quarto membro da banca
Aimi, Suelen Carpenedo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O desmatamento na América do Sul, especialmente na Mata Atlântica, destaca a necessidade
de projetos de recuperação. Identificar espécies nativas que possam crescer em determinadas
condições ambientais, corrobora para a restauração desses ambientes. O sucesso do
estabelecimento é vinculado à sobrevivência e ao crescimento das espécies, que são
influenciados pelo uso eficiente de recursos essenciais, como água, luz e nutrientes. Esta
pesquisa teve como objetivo investigar os efeitos do sombreamento na sobrevivência e
caracteres morfofisiológicos de espécies nativas, bem como selecionar as melhores condições
de plantio para a restauração no sul do Brasil. O estudo foi dividido em dois capítulos. No
Capítulo I foram investigadas as alterações morfofisiológicas que ocorrem em plantas jovens
de Casearia sylvestris durante o processo de aclimatação inicial à irradiação natural. Neste
experimento foram utilizadas plantas jovens da espécie em vasos, sendo conduzido em
delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos: alta, moderada e baixa
irradiância. Como resultado foi verificado que a espécie apresenta maior crescimento e
sobrevivência, bem como melhor desempenho inicial sob maior disponibilidade de luz, não
tolerando alto sombreamento. As variáveis com maior índice de plasticidade e que mais
contribuíram para o processo de aclimatação foram as características fisiológicas. O objetivo
do Capítulo II foi investigar os efeitos dos diferentes níveis de sombreamento sobre as
características morfofisiológicas das espécies arbóreas Luehea divaricata, Allophylus edulis,
Cupania vernalis e Myrcianthes pungens, indicando condições de plantio mais apropriadas em
práticas de restauração no extremo sul da Mata Atlântica do Brasil. Para tal, foi realizado o
plantio a campo dessas espécies. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso (4) com quatro
tratamentos: Pleno sol (PS); 18 % de sombreamento (S18); 50 % de sombreamento (S50) e 70
% de sombreamento (S70). L. divaricata apresentou elevada sobrevivência em todos os níveis
de sombreamento, maior acumulação de biomassa no S18 e elevadas taxas fotossintéticas no
PS e S18, sem efeitos fotoinibitórios, podendo fazer parte no plantio como "espécie de
preenchimento", tanto quanto "espécie de diversidade". A. edulis necessita de maior
sombreamento (entre 18 % a 70 %), principalmente no primeiro ano de plantio, para evitar
efeitos fotoinibitórios e aumentar a sobrevivência, podendo ser incluída em programas de
restauração florestal como espécie de enriquecimento ou como "espécie de diversidade". C.
vernalis e M. pungens apresentaram alta mortalidade no plantio em PS (acima de 90 %) e nos
demais tratamentos, S18, S50 e S70, entre 60 a 70 % de mortalidade, de modo que devem ser
introduzidas posteriormente, desempenhando um papel de enriquecimento da área.
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