A morte que não cessa: as perdas, os lutos e os traumas em Caio Fernando Abreu
Visualizar/ Abrir
Data
2023-09-27Primeiro membro da banca
Ginzburg, Jaime
Segundo membro da banca
Silva, Marcia Ivana de Lima e
Terceiro membro da banca
Porto, Luana Teixeira
Quarto membro da banca
Pereira, Cilene Margarete
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente pesquisa busca refletir sobre a morte, as perdas, os lutos e os traumas na escrita
ficional e epistolar de Caio Fernando Abreu (1948-1996). A constística e as crônicas,
publicadas entre 1970 e 1996, dividirá espaço com as coletâneas de cartas reunidas pelo
professor Italo Moriconi e pela amiga pessoal de Caio, Paula Dip. A morte é o fio condutor
nas narrativas de Caio, portanto, o trabalho se propõe a analisar a relação do autor com os
processos de luto, resultantes das perdas ocasionadas pela morte subjetiva e pela morte-real,
o corpo e a finitude e de que maneira esses fatos resultam nos traumas que surgem não
apenas nas narrativas, mas na troca epistolar. Além disso, busca-se compreender como essa
morte real, ou seja, “morte-de-si”, e a consciência de sua própria finitude resgatam no autor
o desejo pela sua própria existência. Nesse sentido, dentro dos aspectos do estudo a serem
considerados, está a ênfase em teorias antropológicas e psicanalíticas que dão conta de
compreender a relação do homem com a própria finitude. Assim, os capítulos versam sobre
questões voltadas (1) às perdas, às mudaças na vida, aos amores perdidos, aos lugares
deixados; (2) à morte em si – o corpo do outro e a finitute – e aos lutos; (3) aos traumas
resultantes da relação perda-morte-luto, e (4) à própria finitude, o que desperta um
sentimento de profundo desejo pela vida. A análise em questão é importante, pois aproxima
os estudos literários de estudos voltados ao comportamento humano, da psicologia e de
estudos históricos e sociológicos com a morte, possibilitando a intersecção com outras
áreas, aumentando o interesse pela temática em estudos de literatura. Para dar conta dos
assuntos mencionados, são utilizadas teorias que versem sobre a questão da morte e da
finitude humana, tendo em vista autores importantes na área como Ernest Becker, Edgar
Morin, Jean-Claude Méatraux e Sigmund Freud, levando em conta a perspectiva
interdisciplinar com a literatura.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: