Efeitos do exercício físico resistido sobre os sistemas purinérgico, colinérgico e oxidativo em modelo experimental de exposição ao lipopolissacarídeo
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Data
2023-09-29Primeiro membro da banca
Rosemberg, Denis Broock
Segundo membro da banca
Cardoso, Andréia Machado
Terceiro membro da banca
Zanini, Daniela
Quarto membro da banca
Portela, Luis Valmor Cruz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O lipopolissacarídeo (LPS) é uma toxina proveniente de bactérias gramnegativas e é amplamente utilizado na pesquisa para induzir uma série de
manifestações que vão desde inflamação sistêmica até infecção generalizada e
perda de memória. O sistema purinérgico possui relação com o sistema imune,
uma vez que, suas enzimas podem controlar a concentração de nucleotídeos e
nucleosídeos que vão se ligar a receptores e desencadear funções pró e antiinflamatórias. A perda de memória causada pelo LPS pode estar relacionada à
acetilcolina, principal neurotransmissor, e o sistema que a envolve, o sistema
colinérgico. Além desses sistemas, o estresse oxidativo também possui relação
com a via inflamatória e neurotransmissora, podendo afetar a memória e
aprendizado. Para prevenir as alterações provenientes da exposição ao LPS, uma
vez que a reversão do quadro inflamatório é difícil e gera enormes custos à saúde
pública, utilizamos o exercício físico resistido em modelo de exposição ao LPS e
focamos no sistema nervoso central. O protocolo de exercício teve duração de 12
semanas em uma escada com frequência de 3 vezes na semana, onde houve
progressão de carga e volume a cada 3 semanas. Após o período de 72 horas da
última sessão de treinamento, 2,5 mg/kg de LPS foi aplicado via i.p. e o córtex e
o hipocampo foram coletados 24 horas após a exposição à toxina. As análises
revelaram que o LPS foi capaz de: 1) aumentar a atividade das enzimas
purinérgicas (NTPDase e 5’-nucleotidase) e colinérgicas (acetilcolinesterase); 2)
aumentar a densidade de P2X7R, NLRP3, Caspase1, IL-1β, IL-6, TNF-α, Iba,
H&E; 3) aumentar níveis de TBARS e espécies reativas; 4) diminuir tempo de
exploração do objeto novo no teste de memória; 5) diminuir a densidade do BDNF.
O exercício físico resistido foi capaz de prevenir todas estas alterações além de:
1) aumentar a densidade de α-7R, M1R, BDNF e Nestina; 2) aumentar os níveis de tióis proteicos e; 3) diminuir a densidade de A2AR. Estes resultados confirmam
que o exercício possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidante e
neuroprotetoras e demonstram o envolvimento das vias purinérgica, colinérgica e
oxidativa neste mecanismo de proteção. Busca-se, com estes bons resultados,
que a pesquisa relacionada ao tema ganhe incentivo, bem como a prática regular
de exercícios físicos pela população.
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