Estudo sobre prognóstico nas afecções da medula espinhal em cão
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Data
2023-08-25Primeiro membro da banca
Beckmann, Diego Vilibaldo
Segundo membro da banca
Poletto, Marcio Ferreira
Terceiro membro da banca
Soares, Mauro Pereira
Quarto membro da banca
Correa, Luis Felipe Dutra
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As afecções da medula espinhal em cão podem ocorrer por diferentes causas, entre
elas, a neoplasia e a extrusão do disco intervertebral (EDIV). Essas doenças podem
afetar diferentes regiões da medula espinhal, cujo prognóstico pode variar de acordo
com o grau de disfunção neurológica, pelo tipo de doença e, se neoplasia, a presença
ou ausência de metástases. O artigo 1 da presente tese descreve um relato de caso
de neoplasia do saco anal com metástase no corpo vertebral, medula espinhal e cauda
equina e com prognóstico desfavorável. Os exames complementares de imagem
evidenciaram envolvimento de tecidos ósseo e nervosos, alterações em linfonodos,
sugerindo metástase. O exame histopatológico concluiu que era um carcinoma e que
foi confirmado pela análise imuno-histoquimica, mostrando a importância desse
exame na complementação dos achados histopatológicos. O artigo 2 teve o objetivo
de estudar a quantificação do DNA livre no líquido cerebroespinhal (LCE) e no plasma
sanguíneo e utilizar a concentração como prognóstico no retorno à deambulação de
cães paraplégicos em decorrência da extrusão do disco intervertebral (EDIV) (Hansen
tipo I), submetidos à cirurgia descompressiva. Os 30 cães foram distribuídos em três
grupos de igual número denominados: Grupo I (controle): hígidos; Grupo II: com
paraplegia e presença de percepão à dor profunda (PDP); Grupo III: com paraplegia
e ausência de PDP. Nos cães dos grupos II e III foi realizada a hemilaminectomia
dorsolateral associada à fenestração do disco intervertebral afetado. Os cães do grupo
I foram submetidos à coleta de sangue (plasma) e do LCE para a mensuração do DNA
livre no dia 0 (antes da cirurgia) e dos grupos II e III nos dias 0, 30 e 90 dias após o
procedimento cirúrgico. No grupo II, 100% dos cães retornaram à deambulação de
forma satisfatória. No grupo III, em 40% dos cães a recuperação foi satisfatória, 40%
mantiveram-se paraplégicos (insatisfatória) e 20% desenvolveram o andar espinhal.
A concentração do DNA livre no LCE foi maior nos cães dos grupos II e III no tempo
0 e demonstrou ser mais sensível em detectar lesão na medula espinhal, quando
comparado com os níveis encontrados no plasma. A concentração de DNA livre no
plasma e no LCE dos cães dos GII e GIII continuou elevada aos 30 e 90 dias de PO,
mesmo com a recuperação da deambulação. Pode-se concluir que é possível
quantificar o DNA livre no LCE e no plasma, mas a concentração não deve ser
utilizada como biomarcador no prognóstico para o retorno à deambulação de cães
paraplégicos com ou sem PDP, ocasionado por EDVI TL após o tratamento cirúrgico.
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