Cartografia geomorfológica: estudo da urbanização na bacia hidrográfica do rio Tigre, Erechim, RS
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Data
2023-11-06Primeiro membro da banca
Sccoti, Anderson Augusto Volpato
Segundo membro da banca
Rosa, Kátia Kellem da
Terceiro membro da banca
Moura, Nina Simone Vilaverde
Quarto membro da banca
Robaina, Luis Eduardo de Souza
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O campo de estudos geográficos apresenta diversas finalidades, entre elas se
encontra a Geomorfologia, a qual busca o entendimento das formas do relevo, sua
gênese e os processos do passado e do presente. Com o aumento gradual de áreas
urbanizadas no globo terrestre, a Geomorfologia e a cartografia geomorfológica, além
da compreensão dos processos naturais, também, passaram a considerar as ações
humanas como agentes geomorfológicos. Para avaliar de maneira concisa os efeitos
da ação humana, a unidade de análise utilizada corresponde à bacia hidrográfica,
assim, é possível identificar modificações no comportamento hidrogeomorfológico,
auxiliando no planejamento ambiental e no ordenamento territorial. Dessa forma, o
objetivo principal da tese está em reconhecer e avaliar, a partir da cartografia
geomorfológica, a ampliação das intervenções antropogênicas na bacia hidrográfica
do rio Tigre, localizada na área urbana do município de Erechim, Rio Grande do Sul.
A metodologia da pesquisa consiste em realizar revisão bibliográfica, elaboração de
mapas geomorfológicos das formas originais e antropogênicas. Como
aperfeiçoamento dos dados levantados em gabinete, foram realizados trabalhos de
campo, esses que estão presentes em todas as fases de mapeamento. Mediante a
análise da morfologia original, foram identificados nove elementos do relevo, cada um
com características distintas, assim como três tipos de vales. Por outro lado, a
morfologia antropogênica exibe três estágios de urbanização, acompanhados por
cortes, aterros, desenvolvimento de arruamentos e marcas deixadas pela mineração.
Além disso, são perceptíveis alterações a partir de tamponamento e retificações em
canais fluviais, e as áreas de retenção de água, representadas pelos açudes. A partir
dos resultados analisados, foi possível constatar diversas alterações antropogênicas
na bacia hidrográfica. Verifica–se o impacto do processo de urbanização na
morfologia da bacia hidrográfica, sobretudo nos anos de 1975, 1989, 2010 e 2023. A
urbanização na bacia hidrográfica atingiu 35,43% em 1975, 64,14% em 1989, 75,86%
em 2010 e, em 2023, abrangeu uma extensão de 79,22% da área da bacia
hidrográfica. No que se refere aos canais fluviais, identificou–se que, em 2023,
77,47% desses canais sofreram alterações antropogênicas. A elaboração de
documentos cartográficos evolutivos, representando diferentes estágios de
urbanização, proporcionou uma visão completa das mudanças morfológicas e da
dinâmica hidrográfica na bacia ao longo de um período de 48 anos. Verifica–se que a
falta de um adequado planejamento ambiental na bacia expõe a população ao risco
de inundação, acarretando diversos transtornos.
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