Atuação fonoaudiológica em pacientes traqueostomizados no contexto da Covid-19
Resumen
Objetivo: descrever as contribuições da atuação fonoaudiológica em pacientes traqueostomizados
no contexto da COVID-19. Métodos: estudo retrospectivo de natureza descritiva e análise
quantitativa, com coleta em prontuários de variáveis clínicas e gerais dos pacientes e dos
atendimentos fonoaudiológicos. Para análise estatística, foi adotado o coeficiente de correlação
de Pearson ou Spearman e nível de significância de 5% (p< 0,05). Resultados: foram incluídos 28
prontuários de pacientes (57,1% sexo masculino) com média de idade de 52,1 anos, que
permaneceram internados cerca de 53,7 dias e evoluíram para traqueostomia após 22,1 dias de
intubação orotraqueal. Foram registrados dez atendimentos fonoaudiológicos por paciente, que
iniciaram em média 38,4 dias de internação e foram solicitados em 39,3% para progressão da
traqueostomia e da dieta por via oral. O cuff da traqueostomia foi mantido desinsuflado no
terceiro, sugerida a decanulação em sete dias após o início e liberada dieta por via oral com cinco
atendimentos. Quando analisado o tempo de início dos atendimentos fonoaudiológicos, este
apresentou correlação positiva com o tempo de internação hospitalar (p<0,0001), mas não com o
processo de decanulação e com o tempo de traqueostomia. Já o número de atendimentos
fonoaudiológicos teve correlação positiva com o tempo de uso da traqueostomia e até a liberação
da dieta por via oral. Conclusão: a atuação fonoaudiológica contribuiu para reabilitação da
deglutição e retorno seguro à alimentação por via oral de pacientes internados por COVID-19 e
submetidos à traqueostomia.
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