Complexos de vanádio(V) derivados de trifenilfosfônios e hidrazidas: avaliações estruturais, interações com dna e hsa e potencialidades citotóxicas
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Data
2023-12-20Primeiro membro da banca
Giacomelli, Cristiano
Segundo membro da banca
Zeni, Gilson Rogério
Terceiro membro da banca
Nunes, Giovana Gioppo
Quarto membro da banca
Chaves, Otávio Augusto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O desenvolvimento de novas drogas e pró-drogas com ações terapêuticas antiprotozoários, antibacterianas e antineoplásicas está atualmente centrado em interações não-covalentes e reversíveis com ácido desoxirribonucleico. Nesse esforço, é fundamental também avaliar as interações desses compostos com albumina sérica humana, uma proteína do plasma sanguíneo que influencia na famacocinética de fármacos. Uma possibilidade para desenvolver drogas terapêuticas mais eficazes é o direcionamento mitocondrial por meio de derivatização de ligantes com grupos trifenilfosfônio. Entre os compostos com atividade antineoplásica estudados, estão aqueles contendo vanádio, um metal naturalmente abundante e presente em enzimas, além de possuir propriedades fisiológicas comprovadas. Nesse contexto, o seguinte trabalho objetiva sintetizar aldeídos contendo grupos trifenilfosfônios e, a partir de sua derivação com hidrazidas, sintetizar e amplamente caracterizar compostos de coordenação de vanádio. Após a síntese e caracterização, objetiva-se avaliar as interações desses complexos com ácido desoxirribonucleico de timo de carneiro e albumina sérica humana por diferentes técnicas espectroscópicas e por ancoramento molecular. Além disso, objetiva-se avaliar a citotoxicidade in vitro desses compostos frente a células humanas epiteliais não-cancerosas da linhagem HaCaT. Desse modo, foram sintetizados três aldeídos derivados de trifenilfosfano, tris(4-fluorofenil)fosfano e tris(4-metilfenil)fosfano ([AH]Cl, [AF]Cl e [AC]Cl, respectivamente). A partir desses aldeídos e cinco hidrazidas aromáticas, obtiveram-se treze complexos de vanádio (C1–C13) com ligantes imínicos hidrazona O,N,O ([H2L1]Cl–[H2L13]Cl). Todos os complexos tiveram suas estruturas em estado sólido elucidadas por difração de raios X em monocristal e caracterizados por técnicas complementares, evidenciando a formação de espécies cis-dioxidovanádio(V) pentacoordenadas. Assim, foi possível definir as geometrias de coordenação e seus graus de distorção, bem como as naturezas zwitteriônicas neutras dos complexos. Por caracterizações em solução dos complexos, especialmente ressonância magnética nuclear de 1H, 19F, 31P e 51V, evidenciaram-se estruturas em solução similares às estruturas em estado sólido. Quanto às aplicações biológicas, verificou-se que C1–C5 interagem moderadamente e preferencialmente com sulcos menores do DNA de timo de carneiro e com sítio III da albumina sérica humana. Enquanto os complexos realizam diferentes tipos de interações com a proteína, realizam apenas interações de van der Waals com o DNA. Quanto à citotoxicidade, C1–C5 diminuem a viabilidade celular de maneira proporcional às suas concentrações (exceto C3) e por apoptose celular.
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