Avaliação dos efeitos da guanosina frente a neurotoxicidade induzida por ácido quinolínico sobre parâmetros bioquímicos e comportamentais no nematoide Caenorhabditis elegans
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Date
2024-02-23Primeiro membro da banca
Oliveira, Diogo Losch de
Segundo membro da banca
Loreto, Elgion Lucio da Silva
Terceiro membro da banca
Chitolina, Maria Rosa
Quarto membro da banca
Schmatz, Roberta
Metadata
Show full item recordAbstract
O ácido quinolínico (QUIN) é uma neurotoxina endógena que atua como agonista do receptor N-metil-D-aspartato (NMDAR) gerando uma cascata tóxica, que pode levar à neurodegeneração. A guanosina (GUO) é um nucleosídeo de purina produzido endogenamente em processos fisiológicos e de forma mais acentuada em situações patológicas reduzindo a neuroinflamação, o estresse oxidativo e a excitotoxicidade. Em Caenorhabditis elegans a exposição exógena a neurotoxinas que causem danos no sistema glutamatérgico, como o QUIN, foi pouco estudada. Como consequência, o estudo de possíveis agentes neuroprotetores contra danos no sistema glutamatérgico são pouco conhecidos, sendo de suma importância conhecê-los para uma melhor compreensão de patologias envolvendo esse sistema. Os efeitos de QUIN (20 mM) e da GUO (4 mM) foram analisados nos animais selvagens (WT) e em animais transgênicos nmr-1, nmr-2, eat-4, glr-1, glt-3 e glt-1;glt-3. Foram analisados os efeitos de QUIN e GUO em parâmetros bioquímicos e comportamentais em C. elegans. A GUO reduziu os batimentos faríngeos em animais WT concentração dependente. O mesmo efeito foi observado nos batimentos faríngeo, quando os animais mutantes glr-1, nmr-1 e eat-4, mas não em glt-3 e glt-3; glt-1 foram previamente expostos à 4 mM de GUO. O duplo mutante glt-3; glt-1 para GluTs diminuiu as curvaturas corporais dos animais e aumentou o número de reversões. Este efeito foi prevenido após exposição a GUO. Já o QUIN aumentou parâmetros locomotores modulados por Glu como a distância e o tempo locomovendo-se para trás, aumentou o tempo de resposta ao 1-octanol, tamanho da ninhada, reduziu o consumo de oxigênio e o potencial de membrana mitocondrial de maneira dependente do NMDAR, diminuindo também o fluxo de elétrons acoplados e não acoplados à produção de ATP. Já a GUO protegeu os animais N2 frente as alterações comportamentais induzidas por QUIN, como o deslocamento total, distância e tempo locomovendo-se para frente, número de número de trocas de direção de deslocamento (do inglês turn count) e distância percorrida para trás. Ainda, esses efeitos protetivos são parcialmente perdidos em animais nocautes para receptor NMDA NMR-2 e para transportadores de Glu, GLT-3 e GLT-1. Nossos resultados apontam o QUIN como um modelo de excitotoxicidade glutamatérgica em C. elegans e a GUO como um possível tratamento para patologias associadas a esse sistema.
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