Processamento da amêndoa do Butiá (Butia odorata) por tecnologias sustentáveis e integradas para extração de óleo e hidrólise do coproduto sólido
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Fecha
2024-02-26Primeiro coorientador
Hoffmann, Ronaldo
Primeiro membro da banca
Junges, Alexander
Segundo membro da banca
Wancura, João Henrique Cabral
Terceiro membro da banca
Rodrigues, Rodolfo
Quarto membro da banca
Silva, William Leonardo da
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
As palmeiras da família Arecaceae representavam, em 2019, 41,43% da fonte de
óleo vegetal mundial. O fruto butiá, que pertence a esta família, apresenta potencial
para atender parcialmente esta demanda, estando presente em vastas áreas da
região Sul do Brasil. Tendo em vista o interesse ambiental e econômico em uma
nova fonte de óleo vegetal e reaproveitar o subproduto do processo para geração de
renda sustentável, foi objetivo deste estudo desenvolver um processamento
integrado da amêndoa da semente do Butia odorata (Barb. Rodr.) Noblick e avaliar
seu potencial na geração de novos produtos. Foram estudadas a extração de óleo
da amêndoa do butiá com CO2 supercrítico seguida da hidrólise com água subcrítica
do coproduto sólido para obtenção de açúcares fermentescíveis, e a extração de
óleo com etanol assistida por micro-ondas seguida da hidrólise enzimática do
resíduo sólido visando a obtenção de açúcares fermentescíveis. Nas extrações
foram obtidas curvas cinéticas de rendimento de óleo, perfil de ácidos graxos e
atividade antioxidante. As hidrólises foram caracterizadas cineticamente e os
hidrolisados foram caracterizados através de cromatografia líquida de alta eficiência
em termos de rendimento de açúcares, ácidos orgânicos e inibidores de
fermentação. A fração livre de extrativos da amêndoa foi caracterizada com análise
centesimal, incluindo celulose, hemicelulose e lignina. Os ensaios de extração
soxhlet confirmaram um conteúdo de óleo aproximado de 40,02 ± 1,14% de
amêndoa em base úmida com altos índices de ácidos láurico e linoléico. Na extração
soxhlet com etanol uma porcentagem de inibição de 34,24% foi encontrada nos
ensaios de atividade antioxidante. Na extração com CO2 supercrítico, o melhor
rendimento obtido foi 29,05 ± 1,42% a 60°C e 22 MPa. Na hidrólise subcrítica, o
melhor rendimento em açúcares fermentescíveis e produtos de plataforma foi 5,78 ±
1,15 g/100 g e 2,90 ± 0,24 g/100 g, respectivamente, a 260°C e com razão
solvente/alimentação (S/F) de 50. Para a extração com micro-ondas, a melhor
recuperação obtida foi de 81,30 ± 2,15% (60°C e S/F 100) e 85,23 ± 2,09% (80°C-
S/F 100). A hidrólise enzimática apresentou conversão similar a outros trabalhos
com biomassas semelhantes, com o melhor resultado sendo 66,41 ± 0,40 g/100 g
com 26 unidades de papel filtro (FPU) e 1% de concentração de substrato (CS) em
72 horas. Foi demonstrado nesse estudo, o bom potencial desse resíduo agrícola,
atualmente descartado ou subaproveitado para produzir óleo para consumo
alimentar ou fracionamento e purificação, bem como, a possibilidade da conversão
do resíduo sólido de extração em açúcares fermentescíveis ou produtos químicos de
plataforma. A exploração sustentável do butiá pode poder diminuir os resíduos,
promover o crescimento econômico e social regional e estimular a preservação da
espécie.
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