Mal-estar na província: modernidade e nostalgia na literatura regionalista de Alcides Maya, J. Simões Lopes Neto e Roque Callage
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Data
2024-04-12Primeiro membro da banca
Pelinser, André Tessaro
Segundo membro da banca
Remedi, José Martinho Rodrigues
Terceiro membro da banca
Murari, Luciana
Quarto membro da banca
Santos, Pedro Brum
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente tese aborda o conceito de regionalismo e literatos sul-rio-grandenses vinculados a essa tradição literária. Serão abordados três autores que produziram na década de 1910 e 1920, focalizando a análise nas obras vistas como suas principais produções: Alcides Maya, Ruínas vivas (1910); João Simões Lopes Neto, Contos gauchescos (1912) e Lendas do sul (1913); e Roque Callage, Terra gaúcha (1914). Os autores serão analisados levando-se em consideração a relação das obras e autores com o processo de modernização e as relações temporais contidas, utilizando para isso o conceito de nostalgia. A tese está organizada em duas partes. A primeira parte é dividida em dois capítulos, um que procura contextualizar os debates envolvendo o conceito de regionalismo na definição da nação, o segundo que aborda o conceito enquanto discussão na crítica literária. Na segunda parte serão analisados os três autores, o contexto intelectual e seu corpus a partir dos pressupostos teórico-metodológicos. Por fim, concluiu-se que as obras do regionalismo participam das disputas sobre a definição do espaço de experiência e horizonte de expectativa da sociedade sul-rio-grandense no período. As obras dos regionalismos, fenômeno plural, indicam respostas a problemas de longa duração no debate intelectual nacional, relacionando-se também a contextos determinados de aceleração no ritmo de transformações modernizadoras, podendo ser vistas como uma não sujeição ao processo de modernização e defesa de mudanças sociais reformistas, não conservadoras. Embora próximos, cada autor criou uma versão própria para o regionalismo gaúcho, com particularidades, muito pelo caráter da nostalgia reflexiva presente em suas produções, além de traços comuns, como a presença da violência e o caráter dos sujeitos históricos narrados. A pesquisa vincula-se à Linha de Pesquisa "Fronteira, Política e Sociedade" do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
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