Ecofisiologia, modelagem e desempenho agronômico de Helianthus annus L. e Limonium sinuatum Mill. como flores de corte
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Date
2024-04-24Primeiro coorientador
Zanon, Alencar Junior
Primeiro membro da banca
Nesi, Beatrice
Segundo membro da banca
Uhllmann, Lilian Osmari
Terceiro membro da banca
Luz, Petterson Baptista da
Quarto membro da banca
Cavalcante, Márkilla Zunete Beckmann
Metadata
Show full item recordAbstract
A floricultura brasileira é uma promissora e típica atividade da agricultura familiar, que entre 2012 e 2023 cresceu a uma taxa média de 12% ao ano. É uma atividade que está alinhada com as necessidades da produção agrícola global, que enfrenta o desafio de aumentar a produtividade sem expandir a área cultivada. A pandemia do Covid-19 trouxe inúmeras perdas para este setor, ocasionando um intenso período de vulnerabilidade. Uma questão chave é como fortalecer toda a cadeia produtiva brasileira de flores e plantas ornamentais em escala nacional para enfrentar futuros imprevistos. Seria realizando melhorias que acompanhem as tendências do mercado internacional, desde a produção até a comercialização? Neste sentido, existem dois caminhos possíveis. Um, é através da produção e comércio local, que permitem a redução de custos e fomentam o consumo interno de flores. Este moderno modelo de floricultura é popular em países da Europa e da América do Norte, e no Brasil é um caminho que já vem sendo seguido e tem se consolidado com o Projeto Flores para Todos, o maior projeto inclusivo de extensão em Floricultura do Brasil. O outro caminho é desenvolver inovação e gerar tecnologias de ponta para a floricultura, através da criação de modelos que simulem o desenvolvimento de espécies de flores. Juntos, estes caminhos têm potencial para consolidar um crescimento sustentável e de sucesso para a floricultura brasileira e aumentar a participação do Brasil no mercado internacional de flores e plantas ornamentais. Unindo esses caminhos estratégicos, foram conduzidos ensaios de campo em diversas regiões do Brasil e na região da Toscana, na Itália, com o objetivo de aprofundar o entendimento dos processos ecofisiológicos que regem o desenvolvimento de duas espécies cultivadas como flores de corte: o girassol e a statice, visando assim, a sua aplicação em modelos de simulação do desenvolvimento vegetal para área da floricultura. Desta forma, esta tese está dividida em três capítulos, com os seguintes objetivos: i) avaliar o crescimento, desenvolvimento e produção de girassol de corte em ambientes tropicais, subtropicais e temperados; ii) estimar o filocrono em genótipos de girassol de corte cultivado a campo considerando diversos locais e épocas de semeadura e, iii) descrever o padrão de florescimento da cultura da statice em ambiente subtropical, investigando fatores que influenciam seu ciclo reprodutivo. Os genótipos de girassol de corte utilizados para este estudo são bem adaptados nos ambientes tropical, subtropical e temperado, apesar das variações proporcionadas pelas diferentes condições ambientais. O número de folhas e o tempo térmico em girassol de corte tem relação bi-linear, resultando em dois filocronos. O período de colheita de statice pode variar de 5 a 18 semanas no rendimento e componentes de produção de flores variam em cada semana de colheita. Os resultados fornecem informações importantes aos produtores de flores sobre ambiente e seus efeitos nos processos ecofisiológicos no cultivo de girassol de corte e statice e compõe uma base sólida para o desenvolvimento futuro de modelos de simulação do desenvolvimento baseados em processos destas espécies.
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