A arte contemporânea e suas memórias instáveis: a obra 200 Milhões de Anos: Árvore Pedra (2010), de Anna Barros
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Data
2024-05-28Primeiro membro da banca
Flores, Daniel
Segundo membro da banca
Codevilla, Fernando
Terceiro membro da banca
Dora, Tamara Bueno
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese trata da atualização, preservação e arquivamento, da obra em Nanoarte 200
Milhões de Anos: Árvore Pedra (2010), da artista brasileira Anna Barros (1931-2013).
Defende-se a hipótese de que é possível salvaguardar um acervo de obras digitais
em um museu universitário, considerando as diretrizes de uma cadeia de custódia
segura. Tem-se como objetivo manter a obra apta para novas exposições. São
utilizadas publicações de Oliver Grau como referencial metodológico sobre a utilização
da topologia de arquivo e de memória a fim de estabelecer transformações no contexto
dos museus e das linguagens artísticas contemporâneas. A obra em Nanoarte marca
o início da coleção do Museu Arte Ciência Tecnologia - MACT/UFSM, que tem como
coordenadoras três professoras das áreas de Artes, Ciências e Informática. Inicia-se
com um breve histórico de museus e museus universitários com referenciais teóricos
e diretrizes do ICOM, e tem-se como ponto de partida a experiência do Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) no campo da preservação
em museus universitários, para logo tratar do MACT/UFSM, desde seu início enquanto
projeto até a inauguração do espaço físico. Faz-se uma retrospectiva profissional de
Anna Barros, e de alguns projetos artísticos, compondo uma trajetória desde a
graduação até o final de sua vida. São estudados aspectos de nanociência,
nanotecnologia e Nanoarte, assim como faz-se relações da obra de Barros com a
Indeterminação Visual de Robert Pepperell e o conceito de complexidade de Edgar
Morin. São apresentadas obras de Victoria Vesna e James Gimzewski, que foram
referência para as criações em Nanoarte da artista brasileira, mostrando algumas que
estão preservadas no Archive of Digital Art (ADA). São consideradas narrativas
analógicas e digitais, por meio do Grupo de Pesquisa Museum I+D+C, da Universidad
Complutense de Madrid, onde foi realizado um estágio de Doutorado Sanduíche no
Exterior (DSE), pois estas estratégias são utilizadas para tornar o espaço expositivo
mais inclusivo. Analisa-se a obra 200 Milhões de Anos: Árvore Pedra (2010),
características, montagem e detalhamento das peças, verificando quais partes são
mais vulneráveis, situando-a um contexto de preservação sistêmica, baseando-se nas
normativas internacionais. Consegue-se realizar a atualização da obra, aguardando a
liberação do uso do Tainacan por parte da universidade para, de fato, implementar
sua salvaguarda. Como contribuição, busca-se manter a memória social, auxiliando
na construção da história, por meio da História da Arte Contemporânea, para que as
obras digitais possam estar aptas para novas exposições.
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