Marketplace nos agronegócios: fatores que influenciam o uso e adesão do e-commerce entre produtores rurais gaúchos
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Data
2024-08-27Primeiro membro da banca
Andreatta, Tanice
Segundo membro da banca
Borges, João Augusto Rossi
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O comércio eletrônico (e-commerce) oferece novas oportunidades de mercado aos agronegócios. Com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, o e-commerce é um processo que vem ganhando força em todo o mundo, devido aos benefícios que proporciona aos consumidores e às organizações. Nos agronegócios, a adesão ainda é recente e passa por inúmeros desafios, dentre eles, a adesão dos produtores rurais com os novos formatos de comercialização e novas tecnologias. Entre os modelos mais populares de e-commerce, encontra-se o marketplace, que normalmente inclui plataformas robustas de comercialização, possibilitando a compra e venda de produtos ou serviços na mesma tecnologia. Contudo, ainda existem lacunas de pesquisa sobre a temática do marketplace nos agronegócios, especificamente no Brasil e em países emergentes. O objetivo deste estudo foi analisar o uso e adesão do marketplace nos agronegócios do Rio Grande do Sul – Brasil. A pesquisa se classifica como quantitativa e exploratória, utilizou como instrumento de coleta de dados dois questionários, os quais somaram 140 respondentes. Os instrumentos foram disponibilizados via plataforma Google Forms e aplicados presencialmente na Expodireto 2024. O questionário 1 foi direcionado para produtores rurais gaúchos que realizam compras on-line, no intuito de testar um modelo teórico proposto sobre adesão do marketplace nos agronegócios. O modelo teórico a ser explorado, foi elaborado com base nos modelos TAM, UTAUT2 e Modelo Teórico Integrado de Confiança, utilizados para investigar a adesão de tecnologias. O questionário 2 foi direcionado para produtores rurais gaúchos que não compram online, no intuito de entender os motivos da não adesão. Para a análise dos resultados relacionados ao modelo teórico proposto, utilizou-se técnica de Modelagem de Equações Estruturais (PLS-SEM). Para os demais dados, optou-se por análises descritivas simples, de média, frequência e percentual. Os resultados apontam que a maioria dos produtores rurais gaúchos não compram online. Os respondentes mais jovens, especialmente, tendem a ser mais ativos em compras online. Com relação ao ensino, constatou-se que quanto maior o nível de escolaridade, maior é a propensão para realizar compras online. O tamanho de área de produção não interfere de forma significativa na adoção de novas tecnologias. Para os produtores rurais que compram online, utilizar e-commerce é fácil, seguro, agradável e traz comodidade. Os principais riscos percebidos estão relacionados ao pós-venda e a veracidade das informações, no entanto, o produtor rural gaúcho pretende continuar comprando na internet e com mais frequência. Com relação aos produtores que não compram online, identificou-se preferência por atendimento presencial, medo de golpes e necessidade de assistência técnica. São esses os principais motivos para o produtor rural gaúcho não comprar online. Por fim, o estudo confirmou as hipóteses do modelo teórico, indicando que, apesar dos desafios, o marketplace tem potencial para transformar os agronegócios. A pesquisa sugere que, para aumentar a adesão, é fundamental abordar as preocupações sobre segurança e suporte, além de promover a educação digital entre os produtores.
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