Distribuição espacial de plantas na fileira e sua relação com a produtividade da cultura do milho
Fecha
2015-01-12Metadatos
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A diminuição da variabilidade na distribuição de plantas na fileira e o aumento da eficiência da fertilização nitrogenada são importantes visando o manejo para altas produtividades na cultura do milho. Objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade de semeadura proporcionada por dois sistemas de semeadora no arranjo espacial de plantas e quantificar o efeito do erro de espaçamento entre plantas na fileira no vigor de planta e na produtividade do milho e ainda a eficiência da utilização da dose variável de nitrogênio (DVN) nos diferentes sistemas de semeadora. O estudo foi desenvolvido em Carazinho-RS nos anos agrícolas 2012/13 (Experimento I) e 2013/14 (Experimento II) sendo os tratamentos: a) semeadora com sistema mecânica e dosador em discos horizontais (SM); b) semeadora com sistema pneumática e organizador de sementes (SP); c) semeadora com sistema pneumático e organizador de sementes acoplado a trator com piloto automático e sinal RTK (SPP). O estudo foi conduzido em parcelas principais de 6.600 e 990m2 para os experimentos I e II, respectivamente e em sub parcelas visando o estudo planta a planta com parcelas de 4,05 m2. Ainda, um estudo de caso foi direcionado na forma de transectos de 5 plantas onde investigou-se o efeito do erro de espaçamento entre plantas na fileira no vigor e na produtividade da cultura. A avaliação da eficiência da DVN foi realizada na área do Experimento II, sendo as faixas principais para os sistemas de semeadora e a DVN e a dose fixa de nitrogênio (DFN) subdividas nas faixas principais. A qualidade de semeadura foi afetada pelo sistema da semeadora não tendo sido observado efeito da utilização do piloto automático, sendo a melhor distribuição obtida no tratamento SP, com um CV de 25,4 e 19,7 % para os experimentos I e II, respectivamente. O melhor arranjo espacial de plantas no SP em relação ao SM, com uma redução de aproximadamente 16 pontos percentuais no CV do espaçamento entre as plantas para os dois experimentos na parcela principal, resultou em incremento de 12,5 e 6,8% na produtividade, respectivamente. Além disso, o uso de piloto automático e sinal RTK (SPP) incrementou em 7 % a produtividade em relação ao SP no primeiro experimento. No estudo em sub parcelas, no qual foi avaliando a produtividade individual de plantas ao longo da fileira de semeadura, no SP observou-se apenas 2% das plantas com produtividade inferior a 8.500 kg ha-1 para o experimento I e 10% abaixo de 6.500 kg ha-1 para o II. Já, no SM a frequência das plantas abaixo destas produtividades foi de aproximadamente 18% para os dois experimentos, sendo estes resultados atribuídos a maior ocorrência de plantas dominadas, o que se justificou nas avaliações de vigor de planta pelo índice de vegetação por diferença normaliza (NDVI), através da uniformidade das avaliações e dos maiores índices no SP em relação ao SM. No estudo da DVN no Experimento II, o efeito negativo que se tem com uma distribuição irregular de plantas foi minimizado pela DVN, no entanto quando associado a uma distribuição de plantas mais uniforme em um ambiente com capacidade produtiva maior, mesmo em um ano com restrições hídricas a produtividade é potencializada. Na investigação do erro na distribuição de plantas através do estudo de caso, constatou-se que os índices de NDVI e a produtividade do milho são afetados negativamente para cada 10% de aumento no CV, sendo o decréscimo na produtividade de 1.356 e 815 kg ha-1 para o experimento I e II, respectivamente, demonstrando-se a importância da distribuição das plantas próximo da equidistância nas fileiras.