Avaliação da pós-graduação brasileira em ciências agrárias nas quatro últimas avaliações trienais da CAPES
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Date
2013-07-08Primeiro orientador
Schetinger, Maria Rosa Chitolina
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O objetivo do trabalho foi avaliar a produção científica dos seguintes Programas de Pós-
Graduação em Ciências Agrárias I no Brasil (Produção Vegetal, Fitotecnia, Fitopatologia,
Entomologia, Melhoramento de Plantas, Ciência do Solo e Zootecnia), nas avaliações trienais de 2001,
2004, 2007 e 2010 na vigência do QUALIS anterior e atual; analisar a perspectiva futura dos
Programas da Pós-Graduação em Ciências Agrárias em geral e as assimetrias nas cinco regiões
geográficas. Os dados coletados no portal da CAPES e do GeoCAPES, das avaliações trienais de
2001, 2004 e 2007, foram analisados conforme o QUALIS anterior e os da trienal de 2010, conforme o
QUALIS atual. Estudaram-se as variáveis: quantitativos de trabalhos científicos na vigência do
QUALIS anterior e atual, quantitativos de resumos e trabalhos completos em Congressos Científicos,
teses e dissertações, médias de trabalhos científicos por professor/orientador e a representatividade da
produção científica dos Programas analisados dentro da grande área Ciências Agrárias. A perspectiva
futura das Ciências Agrárias no Brasil foi analisada por um questionário aberto aplicado a todos os
Coordenadores de 50 Programas de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, avaliados na última trienal,
distribuídos em todas as regiões geográficas, abrangendo todos os conceitos (3 a 7). Houve incremento
na produção científica nos Programas de Pós-Graduação analisados, no QUALIS anterior,
principalmente no quantitativo de trabalhos em periódicos nacionais e internacionais QUALIS A, com
a Região Sudeste mais produtiva cientificamente. No QUALIS atual o maior incremento ocorreu nas
publicações em periódicos B1 e B2. A Região Sudeste apresentou os maiores quantitativos nos
extratos A1 e A2. Houve crescimento nos quantitativos de resumos, trabalhos completos, dissertações
e teses em todos os Programas estudados nos quatros triênios. As perspectivas futuras da Pós-
Graduação em Ciências Agrárias no Brasil evidenciaram que a evolução dos conceitos dos Programas
é diretamente proporcional à faixa etária desses. Observou-se que 48,8% dos Programas não alteraram
as linhas de pesquisa, mas 22,2% alteraram por recomendação da CAPES, 15,5% pela recomposição
do corpo docente dentro dos Programas e 13,3% com os dois últimos fatores ao mesmo tempo.
Constatou-se que os Programas ainda são muito dependentes do financiamento público para o
desenvolvimento das atividades de pesquisa embora o financiamento misto (público e privado) tenha
crescido. Houve uma vasta gama de fatores de inserção internacional dos Programas como estágio
pós-doutoral e estágio de doutoramento no exterior, publicações em periódicos internacionais,
intercâmbios e participação em eventos no exterior. A maioria dos Coordenadores opinou que o novo
QUALIS é fator determinante para a publicação da produção científica e ao mesmo tempo apontaram
aspectos positivos nesse. Ao final, a maioria dos Programas se posicionou como otimistas com o
futuro da Pós-Graduação em Ciências Agrárias no Brasil. Finalmente, a criação de Programas de Pós-
Graduação em Ciências Agrárias no Brasil foi crescente, desde a última avaliação trienal. No entanto,
as assimetrias na distribuição dos Programas ainda são persistentes por que a maioria desses está
concentrada na Região Sudeste. O futuro da Pós-Graduação em Ciências Agrárias no Brasil é
promissor. Os Programas estão mais receptivos, flexíveis e dispostos às mudanças constantes no
mundo científico.