Critérios para o aumento do índice de eficiência nos sistemas de irrigação tipo pivô central
Resumo
Este trabalho teve por objetivo aprimorar o estudo acerca do desenvolvimento de indicadores de eficiência para serem utilizados em equipamentos de irrigação por pivô
central. Inicialmente procurou-se realizar alguns esclarecimentos sobre o estado atual da técnica de irrigação, e como a sociedade a percebe. Em relação a discussão sobre avaliação técnica, buscou-se discutir a concepção de projetos, desde sua fundamentação teórica, até a
melhor maneira de implementação dos mesmos, com o objetivo de agregar conhecimento nesta área. O equipamento pivô central também foi motivo de apresentação, atendendo ao objetivo do esclarecimento de termos e inovações. A principal questão abordada neste trabalho diz respeito à fundamentação teórica e a discussão em torno da busca da eficiência técnica. Para discutir a implementação de medidas de eficiência energética em sistemas de irrigação por pivô central, iniciou-se com a metodologia utilizada para a avaliação destes sistemas. Após, foram calculados indicadores de eficiência e adequados os equipamentos em um padrão de eficiência, de forma a englobar as condições de desempenho energético e agrícola da irrigação. As avaliações atualmente utilizadas para sistemas de irrigação são realizadas principalmente por meio da Eficiência de Aplicação, com auxílio de coeficientes de uniformidade e com a avaliação da potência instalada. Com esta nova concepção de indicador, tem-se um mesmo parâmetro para comparação de sistemas instalados em condições diferenciadas; os dados tem maior aplicabilidade para as avaliações que são realizadas nos
equipamentos. Os indicadores foram aplicados em 39 sistemas de irrigação por pivô central, em duas regiões do Rio Grande do Sul: Região de Cruz Alta e Região de Santo Augusto, onde
a maioria dos equipamentos de porte médio (40 a 100 ha), tinham desnível geométrico total médio de 47,4 metros. Os rendimentos dos conjuntos motobomba variaram de 58 a 81%, com potencial máximo de redução de potência em equipamento na Região de Cruz Alta de 29,41 cv, e na Região de Santo Augusto de 31,32 cv. Pôde-se concluir que, segundo o Padrão de Eficiência Energética, o Consumo Específico Normalizado na Irrigação, proposto por Lima
(2008), 72% dos equipamentos da Região de Cruz Alta estavam acima do padrão (8,68 kWh.mm-1.ha-1.100m-1), e na Região de Santo Augusto 64,28% dos equipamentos estavam com o consumo acima do padrão.