Modelos de afilamento para Pinus taeda L. ajustados segundo a forma do tronco e métodos de estratificação
Resumo
Este trabalho foi realizado com os objetivos de verificar tanto o desempenho de modelos de afilamento segmentados e não segmentados quanto às estimativas dos perfis de árvores com 1, 2 e 3 pontos de mudanças de forma nos fustes, quanto a acurácia das estimativas dos perfis dos fustes e alturas comerciais a partir de um modelo de afilamento ajustado com os dados não estratificados, estratificados em classes de dap (diâmetro à altura do peito) e estratificados em classes de quociente de forma. Propôs ainda, a comparação entre de um modelo de afilamento ajustado com os dados sem estratificação e estratificado por uma classe de quociente de forma para estimativa do volume total e desenvolvimento dos resultados destes estudos na construção de uma tabela de classificação de sortimentos de madeira. Os dados para o presente trabalho foram mensurados em povoamentos
de Pinus taeda L., da Klabin S.A., em Telêmaco Borba-PR. As árvores amostradas cresceram em povoamentos manejados para serraria, com dois desbastes e corte raso, plantio de 1.600 árvores/ha, em espaçamento de 2,50 x 2,50 m. Quarenta árvores foram abatidas e cubadas pelo Método de
Smalian, nas posições de: 0,10, 0,30, 0,80, 1,30, e de 1 em 1 metro até a altura total. Nessas posições, foram retiradas fatias transversais do fuste para fins de estudos de reconstituição do crescimento por dendrocronologia, gerando um banco de dados de 649 árvores com idades entre 8 e
30 anos, de onde foram selecionadas aquelas que fizeram parte dos bancos de dados para os estudos propostos. Na busca do melhor modelo para estimativa dos perfis dos fustes, para todos os tipos de árvores, os modelos não segmentados foram superiores, tendo o Polinômio do 5º grau o melhor desempenho e o modelo de Garay o segundo melhor resultado. Em relação ao melhor método para dispor os dados, a estratificação por classe de quociente de forma mostrou o maior ganho de precisão, tendo as classes de K0,7h e K0,5h maiores destaques. A tabela de sortimentos mostrou que, à medida que as árvores têm aumento em suas dimensões, passam a apresentar a possibilidade de retirada de mais produtos e conseqüentemente maior aproveitamento, com pequeno valor residual. As validações mostraram as boas precisões dos modelos usados para construção da
tabela de sortimentos.