Estudo fitoquímico e atividade biológica de Pavonia distinguenda A.ST.- HILL. et naudin e Dorstenia brasiliensis LAM
Abstract
Das partes aéreas de Pavonia distinguenda Saint Hilaire e Naudin foram isolados os flavonóides glicosilados tilirosídeo e astragalina, b-sitosterol livre, lupeol, taraxerol, germanicol e. das raízes de Dorstenia brasiliensis Lam., psolareno, bergapteno, umbeliferona, e sacarose os quais foram identificados pela aplicação de técnicas de RMN 1D e 2D, CG-EM. O extrato bruto de P. distinguenda apresentou um índice de citotoxicidade para larvas de Artemia salina Leach com DL50 em 6,2 μg/mL, demonstrando potencial atividade antitumoral e/ou, inseticida. Nos testes de toxicidade aguda dose única, via intraperitoneal, apresentou DL50 em 1004,9 mg/kg, (limites de confiança em 731,8 e 1422,7 mg/kg), e para administração via oral, uma DL50 em 3002,1 mg/kg (limites de confiança inferior e superior, respectivamente, em 2864,4 e 3153,1 mg/kg). O extrato bruto, as frações hexânica, diclorometano, acetato de etila, butanólica, e o flavonóide tilirosídeo testados frente a nove diferentes linhagens de células tumorais humanas mostraram-se citostáticos e/ou citocidas em algumas das concentrações, porém nenhuma das amostras mostrou-se com elevada especificidade frente a um único tipo de célula tumoral. Em relação à atividade antimicrobiana dos extratos, frações e compostos isolados destas duas plantas, pelos métodos de bioautografia, difusão em ágar e microdiluição em caldo, frente a bactérias gram-positivas, gram-negativas e fungos, observou-se que estes mostraram-se ativos contra as bactérias utilizadas, somente nas concentrações acima de 50 μg, não sendo ativos contra nenhum dos fungos testados. O extrato bruto de P. distinguenda apresentou atividade analgésica significativa, nas doses de 30 mg/kg pelo método das contorções induzidas por ácido acético, e no método da placa quente nas doses de 30 e 100 mg/kg. Com relação à atividade antioxidante, o extrato bruto, as frações hexânica, diclorometano, acetato de etila e o flavonóide tilirosídeo apresentaram-se como bons trapeadores do radical livre DPPH, nas concentrações acima de 6,25 μg.O flavonóide tilirosídeo apresentou discreta inibição na atividade da enzima AChE.