Prospecções à autenticidade: o uso do mito grego como possibilidade de se pensar o (docente)feminino
Resumo
Neste trabalho se propõe desenvolver uma reflexão sobre em que medida o uso do mito como metáfora para se pensar sobre o feminino, pode limitar ou potencializar o
trabalho docente. A temática culpa X mulher na história universal tem como fio condutor o mito de Pandora, no que se refere à culpa atribuída à mulher e as culpas que as mulheres carregam como reflexo de uma educação judaico-cristã em tempos de modernidade e/ou a tripla jornada de trabalho reflexo da vida deste século. Como "refletores" teóricos de análise, aparece o gênero, tendo em vista a tentativa de
entendimento da relação socialmente construída entre homens e mulheres, bem como da construção da subjetividade feminina da mulher professora. Dividido em
quatro momentos, o trabalho inicia com uma narrativa fictícia criada a partir de fatos reais. Mais adiante, surge a personagem do professor Ethos que vai dialogar com a
protagonista da história sobre as proposições do humano, o que valida os diálogos internos da própria narradora e explicita os autores que vão sendo apresentados nas suas idéias ao longo da narrativa. A terceira parte são as entrevistas (reais) com professoras que falam sobre algumas das suas vivências. Por fim, depois da análise das entrevistas, a absolvição de Pandora e a apresentação das categorias observadas nas entrevistas funciona como pano de fundo para uma reflexão sobre a formação do sujeito e o uso do mito grego como possibilidade de se pensar sobre ele e trazer à tona prospecções sobre o humano, no caso deste trabalho, a mulher.