Processos de subjetivação e narrativa autobiográfica de uma professora de artes visuais
Resumo
Esta pesquisa apresenta os processos de subjetivação que emergem da narrativa autobiográfica de uma professora de artes visuais. A partir do referencial de Hernández e Rifà (2011), experimentei falar não de mim, mas a partir de mim, de modo a produzir narrativas que compreendem a incompletude e o caráter provisório, pois estão sempre abertas a novas conexões, percepções e invenções. Desta forma, as narrativas que constituem a pesquisa não são entendidas como descrições dos professores de artes visuais, com um caráter de confissão ou com a intenção de esclarecer quem realmente somos na docência. Trata-se não de descobrir, apreender a totalidade, mas de reunir o que já ouvimos, lemos e dissemos sobre este contexto no intuito de seguirmos nos fazendo. Os autores Foucault, Deleuze, Guattari e Rolnik impulsionaram-me para um caminho distante da ideia de características universais na existência humana, apontando para uma produção constante da profissão, abarrotada de linhas fixas, e em muitos momentos representacionais, mas que também se compõe com linhas inconstantes e abertas a novos percursos.